Diretora-Geral da Saúde diz que surto “parece controlado”, mas pede mais tempo para ser possível tirar conclusões. Autoridades de Saúde podem não permitir visitas a lares com surtos de Covid-19.

Os primeiros dez dias de desconfinamente não resultaram, até à data, num aumento do número de casos diários de Covid-19 e na alteração do trajeto da curva epidemiológica do país, segundo anuncia a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

“A nossa curva não é diferente dos outros países. Passaram dez dias desde as medidas de desconfinamento e ainda não se refletiu em nenhuma influência, o que não quer dizer que não vai influenciar”, começa por dizer Graça Freitas, em conferência de imprensa.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), o motivo deve-se às medidas de segurança que os portugueses continuam a adotar para evitar o contágio.

“Mostra que Portugal continua com medidas de segurança. É expectável que apareçam 200 a 300 novos casos por dia, porque em algumas regiões o vírus ainda circula bastante em algumas regiões e podem surgir surtos, como numa creche, numa fábrica, o que aumenta logo o número de casos. Mas estamos no normal e no expectável”, diz Graça Freitas.

Questionada novamente sobre a taxa de infeção da Covid-19, Graça Freitas reforça que o valor é ligeiramente superior em Lisboa e Vale do Tejo e reforça que a “situação parece controlada”.

“Para além do R0, temos outros parâmetros para avaliar a progressão da doença, como internamentos e internamentos em cuidados intensivos. O valor nacional está à volta de 1, mas há pequenas assimetrias. Sabemos que Lisboa e Vale do Tejo tem valor ligeiramente superior, porque teve pequenos surtos que alimentam estes novos casos. Mas isso não reflete nenhuma movimentação especial devido ao desconfinamento. A situação parece controlada, mas temos de aguardar mais alguns dias”, diz.