O Hospital de Guimarães (HSOG), só tem mais três camas disponíveis para doentes com covid-19, a precisar de cuidados intensivos.
Depois de alargar a capacidade da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes Covid, com a adaptação de salas de operações, o Hospital de Guimarães aumentou a sua capacidade para receber doentes graves infetados com SARS-Cov2, de seis para 15 camas. Esta lotação está, agora, no limite, com 12 camas já ocupadas.
Muito importante é também a taxa de ocupação da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes (não covid), uma vez que, nesta fase em que grande parte dos recursos estão alocados aos infetados com covid-19, continuam a chegar ao hospital doentes com outros problemas a precisar de cuidados intensivos. Em cuidados intensivos (não covid) há quatro doentes internados no HSOG, para um total de seis camas disponíveis.
Entretanto, o Hospital vai começar a testar todos os seus profissionais ao longo desta semana, depois de terem surgido surtos de covid nos serviços de internamento, nomeadamente na cirurgia. Os serviços afetados estão a dividir os doentes em alas, uma “limpa” e outra para infetados.
Esta semana, foi notícia a transferência de um doente com covid-19, do Hospital de Guimarães para o Hospital de S. José, em Lisboa, mas tal não se deveu a falta de camas em cuidados intensivos. Este doente precisava de ECMO (Extra Corporeal Membrane Oxygenation), um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos. Este sistema é usado em cirurgia cardíaca, permitindo a substituição parcial ou total da função respiratória e/ou da circulatória.
Guimarães, com 1.886 novos infetados, está entre os concelhos com maior incidência de casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, de acordo com os números ontem, dia 16, tornados públicos pela DGS. No Norte do país, o concelho só é ultrapassado pelo vizinho concelho de Vizela, com incidência de 2.653 novas infeções por 100 mil habitantes.