Apesar do Governo ter concedido tolerância de ponto para a generalidade da administração pública nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, na saúde isso não vai acontecer.
As administrações dos hospitais fazem mesmo apelo para que os utentes não faltem às consultas agendadas.
«Vamos manter os serviços essenciais, bem como toda atividade, que não sendo considerada essencial, já estava agendada. Tudo que são consultas externas ou exames auxiliares de diagnóstico, que estejam marcados para este dois dias véspera de feriado, vão ser realizados», afirma o diretor clínico do Hospital de Braga (HB).
Segundo Jorge Marques, os profissionais do HB estão a fazer «um esforço» para que «toda atividade previamente agendada seja realizada nestes dias».
«Estamos num ano complicado, em que já houve alguns reagendamentos fruto dos condicionalismo que a pandemia colocou aos hospitais. Estamos agora numa fase de tentar limitar os adiamentos por forma a garantir os cuidados aos utentes sem novos adiamentos», frisou Jorge Marques.
O responsável clínico do HB pede mesmo para que os utentes que têm atos agendados, sejam consultas ou exames, que «compareçam para a realização dos mesmos».
«Pois se o não fizeram, em tendo em conta todas as contingências que os serviços têm sofrido, pode acontecer um reagendamento complicado para encontrar data breve», alerta.
Recorde-se que de acordo com o despacho publicado dia 26 de novembro, a aplicação da tolerância de ponto concedida pelo Governo, para os dias 30 de novembro e 7 de dezembro de 2020, «não pode comprometer a resposta à prestação de cuidados e assistência no âmbito da covid-19, bem como a relativa a situações agudas e ou urgentes e emergentes ou a prestação de cuidados que exijam continuidade e, ainda, a atividade assistencial já programada».
A tolerância de ponto concedia «não é, todavia, aplicável a trabalhadores de serviços essenciais, tais como profissionais de saúde nos termos da Base 28 da nova Lei de Bases da Saúde, que, por razões de interesse público, devem manter-se em exercício de funções, nos termos a definir pelo membro do Governo competente em razão da matéria», determina o diploma, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.
Aliás, e em declarações a este jornal, Lacerda Sales frisa que «no atual contexto pandémico, é essencial a salvaguarda da capacidade de resposta de todos os serviços e entidades prestadoras de cuidados de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde, bem como o funcionamento dos demais órgãos, organismos, serviços e entidades do Ministério da Saúde».
in “DM”