Nascido em 23 de setembro de 1956, em Prato, ‘Pablito’ foi internacional transalpino por 48 vezes e marcou 20 golos, seis dos quais no campeonato do Mundo disputado em Espanha e que acabou como melhor goleador.

O ex-futebolista Paolo Rossi, ‘herói’ da vitória italiana no Mundial de 1982, morreu hoje aos 64 anos, vítima de doença incurável, anunciou o diário desportivo italiano la Gazzetta dello Sport.

Nascido em 23 de setembro de 1956, em Prato, ‘Pablito’ foi internacional transalpino por 48 vezes e marcou 20 golos, seis dos quais no campeonato do Mundo disputado em Espanha e que acabou como melhor goleador.

Paolo Rossi entrou para a ‘lenda’ do futebol em 05 de julho de 1982, dia em que, no Estádio Sarrià, em Barcelona, conseguiu um ‘hat-trick’ face a uma fantástica seleção brasileira, derrotando-a por 3-2 e eliminando-a da prova.

Os brasileiros, que pareciam imbatíveis, com um futebol de alta qualidade, liderado por Zico, Sócrates, Falcão, Éder, Júnior ou Cerezo, sucumbiram perante Rossi, num jogo da segunda fase de grupos que só precisavam de empatar para rumar às meias-finais.

O então avançado da Juventus, cuja escolha para integrar o ‘onze’ era muito contestada, tal como a própria chamada para o Mundial, após ter estado suspenso por dois anos devido a um caso de apostas, conhecido como ‘Totonero’, arrancou para um final de prova inesquecível.

Rossi ‘bisou’ nas meias-finais, superando a Polónia por 2-0, e, depois, marcou o primeiro golo da Itália na final com a República Federal Alemã (RFA), que a ‘squadra azzurra’ bateu por 3-1, para conquistar o seu terceiro cetro mundial.

As atuações no Mundial valeram-lhe a conquista da ‘Bota de Ouro’, troféu da revista francesa ‘France Football’ que então era reservada a futebolistas do ‘velho continente’.

Pela Itália, que representou entre 1977 e 1986, já tinha marcado presença no Mundial de 1978, na Argentina, onde a formação transalpina acabou no quarto lugar, com Rossi também como melhor marcador da equipa, com três golos.

Num dos 48 jogos pela Itália, Rossi cruzou-se uma vez com a seleção portuguesa, à qual marcou um golo, num particular realizado em 03 de abril de 1985. Em Ascoli, faturou de penálti, aos 77 minutos, fazendo o 2-0 final.

Na sua carreira ao nível de clubes, destaque para os muitos títulos conquistado ao serviço da Juventus, nomeadamente uma Taça dos Campeões (1984/85), uma Taça das Taças (1983/84), às custas do FC Porto, batido na final de Basileia por 2-1, e uma Supertaça Europeia, em 1984.

Em Itália, arrebatou dois campeonatos e uma Taça de Itália, sendo o melhor marcador da Serie A em 1977/78, com 24 golos, uma época depois de ter sido o máximo concretizador da Série B, com 21, ajudando o Lanerossi Vicenza a vencer a competição.

Ao longo da carreira, o ex-avançado passou por Santa Lúcia, Ambrosiana, Cattolica Virtus e Juventus, na formação, sendo que foi também na equipa de Turim que se estreou como sénior, na temporada 1973/74.

Além da ‘Juve’, jogou ao serviço de Como, Lanerossi Vicenza, Perugia, Milan e Verona, equipa em que se despediu do ‘calcio’, em 1986/87, com apenas 30 anos.