A Proteção Civil Municipal de Braga emitiu hoje um comunicado onde dá conta da previsão do agravamento das condições meteorológicas durante as próximas 72 horas, com especial incidência para domingo, altura em que são esperados períodos de precipitação intensa.
Face às previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), aquele organismo municipal deixou uma série de recomendações para contrariar os efeitos expectáveis da chuva, que poderá acumular cerca de 40 mm na região Norte.
Este sábado, as condições permanecem mais ou menos como até então, com aguaceiros que foram diminuindo gradualmente de frequência ainda durante a manhã.
No entanto, para domingo, são esperados períodos de chuva a partir da manhã no litoral Norte, aumentando gradualmente de intensidade e frequência.
A precipitação acumulada, entre as 12:00 e as 24:00 horas, pode chegar a 40 mm na região Norte, avisa a Proteção Civil. É ainda esperado vento do quadrante oeste, tornando-se por vezes forte até 40 km/h no litoral a partir da tarde, sendo até 45 km/h nas terras altas, com rajadas até 90 km/h a partir da tarde.
Em função deste quadro meteorológico, em que se prevê uma elevada precipitação num curto período de tempo, é expectável o piso rodoviário escorregadio, a possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem e a possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis.
Podem ocorrer inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem e dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de praia mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis.
A Proteção Civil prevê ainda que ocorram danos em estruturas montadas ou suspensas, assim como a possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento moderado/forte, bem como de afectação de infra-estruturas associadas às redes de comunicações e energia;
São ainda esperados fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência (derrocadas e deslizamentos).
Como medidas preventivas, a Proteção Civil recomenda a garantia de desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas.
Pede ainda a adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água e a existência de zonas de fraca visibilidade.
Não é de todo aconselhado atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.
É necessário ainda garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas e ter especial cuidado na circulação junto de zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas.