A elétrica melhorou os seus resultados no ano passado e reduziu a sua dívida para o valor mais baixo em 13 anos
A EDP terminou 2020 com um lucro de 801 milhões de euros, mais 56% do que no ano anterior, informou o grupo em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Numa base recorrente, sem fatores extraordinários, o lucro da EDP ascendeu a 901 milhões, mais 6% do que em 2019.
O aumento de 56% do lucro do grupo resultou sobretudo dos ganhos contabilísticos com alienações em Espanha e Portugal, que mais do que compensaram o efeito negativo de outras rubricas, como os custos com o encerramento da central a carvão de Sines, a Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético, entre outros.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 6%, para 3,95 mil milhões de euros, embora em base recorrente tenha apresentado um deslize de 2%, para 3,66 mil milhões de euros.
No que respeita ao EBITDA, a EDP registou uma perda de 11% no seu negócio de redes, que acabou por ser compensada por um aumento dos ganhos na área das renováveis.
A dívida líquida do grupo desceu 11%, para 12,24 mil milhões de euros, o que situa este indicador no nível mais baixo dos últimos 13 anos.
A administração da EDP irá propor aos acionistas um dividendo de 19 cêntimos por ação, em linha com o distribuído em 2020.