Empresários do sector das diversões itinerantes concentraram-se junto à Câmara de Braga para saber quando regressam as festas e romarias como o S. João. Ricardo Rio mostrou-se solidário com os empresários do sector.

Cerca de 50 proprietários de empresas de diversão e restauração itinerante concentraram-se ontem de manhã, em frente à Câmara Municipal de Braga.

O encontro surgiu de forma espontânea, através das redes sociais, e teve como finalidade saber, junto da autarquia bracarense, quando e se vão ser realizadas as festas populares, em especial o S. João.

“Promoveu-se este encontro expontâneo de forma a tentar perceber se, por parte do município de Braga, está a ser criado algum plano, ou se vão ser organizadas as habituais festas que possam contemplar a instalação dos nossos esquipamentos e a exploração dos mesmos”, disse Francisco Bernardo, presidente da Associação Nacional de Empresas de Diversão (APED).

O dirigente associativo destacou que o sector “está paralisado há 18 meses”, por conta do sucessivo cancelamento de festas, feiras e romarias, e é tempo de voltarem a funcionar. Até porque, garante a APED, foram feitos os devidos ajustamentos das empresas do sector às normas sanitárias definidas pela Direcção Geral de Saúde (DGS), em função da pandemia do Covid-19. “A DGS já criou as devidas medidas para podermos exercer a nossa actividade, cumprindo as medidas restritivas. Achamos, agora que por parte dos municípios terá que haver uma abertura e terão que começar a criar algumas soluções com as quais possamos instalar os nossos equipamentos”, considerou Francisco Bernardo.

As medidas sanitárias constam, essencialmente pela desinfecção constante dos materiais, do uso obrigatório de máscara e da criação de zonas de desinfecção destinadas aos clientes.

Francisco Bernardes destacou que há famílias que dependem totalmente desta actividade e que já estão a passar por momentos dramáticos, por estarem há um ano e meio sem rendimentos.

Os empresários acabaram por ser recebidos ao início da tarde pelo presidente da Câmara Municipal de Braga.

Ricardo Rio disse que a entrada em funcionamento dos equipanmentos de diversão “é uma matéria que não está na alçada da autarquia e que depende da decisão do Governo”.
O autarca assumiu ter “consciência de que o sector está a passar por sérias dificuldades” e que por isso, “é um sector que merece a nossa preocupação”.

Ricardo Rio mostrou-se disponível para voltar a falar com os empresários do sector “para expressar o nosso testemunho de solidariedade e que gostariamos de reactivar a actividade”.

Sobre as Festas de S. Joao, Ricardo Rio disse que há a “probabiliodade de não se realizarem nos moldes habituais, mas apenas em versão digital”.