A Associação Vimaranense de Hotelaria sente uma “forte hostilização” do Departamento de Turismo da Câmara de Guimarães. A afirmação foi proferida esta segunda-feira pelo Presidente da Associação em conferência de imprensa. Ricardo Silva destacou a receptividade e sensibilidade do Presidente da Câmara e a colaboração do Departamento de Desenvolvimento Económico do Município que em tempo de pandemia, realça Ricardo Silva, contrasta com a postura do Departamento de Turismo.

“Quando digo que o diálogo se tornou impossível às vezes nem era a apreciação de nenhuma proposta em concreto. Nas reuniões, quando íamos debatendo o estado do sector, o que percebíamos era que de facto havia uma forte hostilização para as propostas e as ideias da Associação mas também em relação à política de comunicação que a Câmara vem desenvolvendo em relação ao turismo e que nunca mereceu a nossa concordância o mesmo acontecendo, como realcei, sobre a excessiva dependência do turismo de Guimarães em relação ao Turismo do Porto e Norte de Portugal e com a qual nunca concordamos”, afirmou.

O Presidente da Associação Vimaranense de Hotelaria diz que a falta de receptividade a uma campanha promocional de Guimarães em mercados de proximidade foi o desfecho de um “diálogo impossível”.
No encontro por videoconferência com os jornalistas, Ricardo Silva diz que na retoma lenta à normalidade marcada para o próximo dia 5 de Abril vai ser possível ver o real impacto da pandemia no sector, sendo que as perspectivas não são animadoras.
“A previsão que temos não é muito optimista e o que vai acontecer, se calhar, vai ser surpresa para muita gente quando chegar essa retoma no dia 5 com a quantidade de estabelecimentos que não vão abrir ou reabrirão com outra gerência”.

Apesar dos contactos o Grupo Santiago não conseguiu, até ao momento, obter um comentário da Câmara às declarações do Presidente da Direcção da Associação Vimaranense de Hotelaria.