A regresso dos alunos às escolas depois da Páscoa, a 05 de abril, está dependente da evolução da pandemia em Portugal, alertou o Governo, admitindo que se fosse hoje não haveria recuos no plano de desconfinamento.
A decisão sobre o regresso dos alunos do 2.º e 3.º ciclos às escolas, para retomar o ensino presencial, só será conhecida dentro de uma semana, a 01 de abril, anunciou hoje a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros.
“As escolas abertas são uma prioridade e não será, em princípio, pelas escolas que se iniciará qualquer processo de desaceleração de desconfinamento ou de confinamento, mas não vale a pena antecipar hoje o que acontece dia 05”, sublinhou a ministra.
Nesse sentido, a ministra lançou um alerta: A decisão “está dependente do comportamento das pessoas”, ou seja, está dependente da evolução da pandemia de covid-19 e da forma como evolui a incidência de novos casos de infeção e a taxa de contágio (Rt).
Se fosse hoje, em que o Rt continua abaixo de 1 e a incidência permanece baixa, o plano de desconfinamento não sofreria qualquer alteração: “Se tivéssemos hoje de decidir, poderíamos prosseguir”, garantiu a governante.
O Governo decidiu por isso esperar até dia 01 de abril e, com dados mais atualizados sobre a situação pandémica, tomar uma decisão: “O Governo decidiu hoje não tomar decisões sobre dia 05 e guardar as decisões para dia 01, quando tivermos mais dados sobre estes indicadores”, reiterou.
O plano de desconfinamento prevê que os alunos do 2.º e 3.º ciclo voltem a ter aulas presenciais a 05 de abril e que os estudantes do ensino secundário e superior regressem às suas escolas a 19 de abril.
Os mais novos foram os primeiros a regressar à escola: A 15 de março, as creches e 1.º ciclo reabriram.
Em causa está também a prevista reabertura dos restaurantes e atividades culturais. “Precisamos de nos manter nesta zona verde, precisamos de nos manter em segurança, precisamos de cumprir as regras até lá” para que o plano se mantenha, reforçou Mariana Vieira da Silva.
A ministra recordou os dados de 09 de março e de 25 de março que mostram que “a evolução é positiva” mas sublinhou que é preciso “ficar alerta”.