Pedro Henrique marcou por duas vezes para os algarvios. Rochinha e Quaresma assinaram os tentos vitorianos.
Um golo de Ricardo Quaresma, nos descontos, valeu esta quinta-feira ao Vitória de Guimarães uma igualdade a dois no reduto do Farense, em encontro da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Os locais deram a volta ao tento inicial de Rochinha (dois minutos) com um bis de Pedro Henrique (12 e 27), mas, com menos um jogador em campo, por expulsão de Sulimani (51), os minhotos ainda conseguiram resgatar um ponto (90+1).
Com esta igualdade, o Vitória manteve-se no sexto lugar, com 42 pontos, enquanto o Farense, que somou o nono encontro consecutivo em casa sem vencer, continua em 17.º e penúltimo, com 28, a um do Boavista, 16.º, que só joga na sexta-feira.
Declarações do treinador do Vitória de Guimarães, Bino, na sala de imprensa do Estádio de São Luís, após o empate ante o Farense (2-2), em jogo da 31.ª jornada da I Liga:
«Não era o resultado que pretendíamos. Vínhamos aqui com a ideia de poder somar três pontos. A equipa tem vindo a crescer, a ficar mais desinibida, mais de acordo com aquilo que pretendemos para o nosso jogo. Sabíamos das dificuldades, que o Farense precisava dos três pontos, muito importantes na sua luta para sair da zona de despromoção e que queriam entrar forte para chegar à vantagem e depois poderem gerir esse jogo.»
«Estávamos precavidos e também tentámos fazer isso, entrar fortes. Foi isso que aconteceu. Chegámos ao golo. Depois, quase de uma forma inesperada, vemo-nos em desvantagem e acho que tivemos uma boa reação. O Rochinha tem, logo de seguida, uma excelente oportunidade para chegarmos ao empate, mas não conseguimos marcar.»
«Quando corrigimos algumas situações ao intervalo, vemo-nos em inferioridade numérica e, aí sim, a equipa teve uma grande alma e espírito de entreajuda, uma equipa ‘à Vitória’, à semelhança do que são as suas gentes. Não foi só alma, foi também qualidade, saber fazer as coisas de uma forma serena, sabendo que tínhamos de acelerar o jogo e acho que, com todo o mérito, chegámos ao golo do empate porque fomos mais equipa nesse período.»
Declarações do treinador do Farense, Jorge Costa, na sala de imprensa do Estádio de São Luís, após o empate ante o V. Guimarães (2-2) em jogo da 31.ª jornada da I Liga:
[Mais uma vitória a fugir no fim:] «Tem sido um bocadinho a história dos últimos jogos do Farense. E não falo só dos quatro últimos, em que temos uma vitória e três empates. Acho que podemos puxar um pouco mais atrás, aos últimos dez jogos. Não me agarro à sorte ou ao azar, agarro-me à competência ou à falta dela, à eficácia ou à ineficácia. E hoje, mais uma vez, fomos ineficazes.»
«Há outros fatores, mas tivemos oportunidades para matar o jogo, em que tivemos má tomada de decisão, não tivemos capacidade de gerir o jogo com bola em superioridade numérica e não tivemos a capacidade, nos últimos minutos, de que se tivéssemos de defender, defendíamos e conquistávamos os três pontos. Entrámos mal no jogo, entrámos ansiosos e, no primeiro lance, o Vitória faz o golo. Normalmente, a experiência diz-me isto: quando uma equipa está na situação em que estamos e sofre um golo, a tendência é para o descalabro e um jogo mal conseguido. Mas nós tivemos a capacidade de reagir, de dar a volta ao resultado, o que é de salientar. Mas depois, provavelmente pela ansiedade, não tivemos a competência de gerir o jogo de outra forma. E acabámos por empatar o jogo, um golpe duro nas nossas ambições. Mas continuamos vivos, continuamos na luta e, enquanto houver esperança, podem contar connosco.»