A 54.ª edição do Rali de Portugal, que começa sexta-feira, marca a despedida de uma era do Mundial de ralis, num ano em que regressa uma especial histórica e em que pode ser batido o recorde de vitórias.

A partir de sexta-feira, os motores exclusivamente de combustão interna vão ouvir-se pela última vez nos troços portugueses pois, a partir de 2022, as novas regras ditam a entrada do campeonato do mundo na era híbrida, com carros movidos a combustão interna e energia elétrica em simultâneo.

Até lá, os 80 pilotos (eram 81 mas o norueguês Andreas Mikkelsen não viajou para Portugal por ter contraído covid-19) enfrentam 21 especiais cronometradas, incluindo uma superespecial na zona da Foz do Douro, no Porto, a disputar ao final da tarde de sábado, e o regresso do troço de Mortágua, ausente da prova há duas décadas, num ano em que o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) pode bater o recorde de vitórias, que detém em igualdade com o finlandês Markku Alen (cinco cada um).

A prova do Automóvel Club de Portugal (ACP) é a quarta de 12 rondas do campeonato do mundo, com um total de 346,26 quilómetros cronometrados divididos por 21 especiais a percorrer ao longo de três dias de prova, de sexta-feira a domingo, no centro e norte do país.

Depois do cancelamento da edição de 2020 devido à pandemia de covid-19, o Rali de Portugal regressa ao centro do país, com sete troços naquela região. Lousã, Góis e Arganil recebem duas passagens de cada concorrente, ficando Mortágua com uma passagem antes da superespecial em Lousada encerrar o dia, com um total de 122,88 quilómetros.

No sábado, os concorrentes enfrentam o dia mais longo, com 165,16 quilómetros divididos por sete especiais, incluindo uma superespecial de 3,30 quilómetros traçada na Foz do Douro, com os participantes a partirem aos pares.

As restantes são desenhadas entre Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante, o troço mais longo do rali, com 37,92 quilómetros de extensão.

Para domingo, estão reservados mais seis troços, terminando com a ‘Power Stage’ de Fafe. Pelo meio, os pilotos têm de percorrer ainda os troços de Felgueiras e Montim.