A empresa têxtil Mabera, de Famalicão, apresentou a melhor proposta para a compra da Coelima e propõe-se a pagar quase 3,7 milhões de euros pela histórica fábrica de Guimarães que está em processo de insolvência.

As propostas foram entregues em carta fechada e abertas esta segunda-feira ao final da tarde pelo administrador de insolvência, Pedro Pidwell, à frente dos interessados. Apareceram três propostas de compra da Coelima que serão votadas na próxima Assembleia de Credores, agendada para a próxima sexta-feira, dia 25, no Tribunal de Guimarães.

A melhor proposta é a da Mabera, de três milhões 636 mil e 636 euros. A segunda melhor proposta é a do consórcio Mundo Têxtil/Felpinter, que paga dois milhões e 615 mil euros, seguida da proposta da RTL/José Fontão & Cia, que paga um milhão e 750 mil euros.

Recorde-se que as três propostas apresentadas anteriormente por estas empresas ficaram sem efeito, uma vez que a Assembleia de Credores realizada na passada sexta-feira deliberou a abertura de um novo prazo para apresentação de propostas ao fim de cinco horas. A proposta da Mabera, que agora até é a mais alta, não estava entre as que iam a votação na Assembleia de Credores, pois tinha sido entregue fora do prazo.

Nessa proposta que entregou fora de prazo, a Mabera tinha oferecido 2,6 milhões. Agora, subiu em um milhão a proposta e distanciou-se da concorrência com um valor de quase 3,7 milhões. A Mundo Têxtil/Felpinter também subiu, mas de 2,5 milhões para 2,6 milhões, ao passo que a RTL/José Fontão & Cia manteve a proposta inicial de 1,7 milhões.

A proposta de 3,7 milhões da Mabera propõe-se a efetuar a transação no imediato, com financiamento do banco Montepio, e assume ainda as dívidas que a Coelima tem à Autoridade Tributária e Segurança Social. As três propostas terão de ser juntas aos autos do processo de insolvência até às 12 horas de amanhã, terça-feira, pelo administrador de insolvência, Pedro Pidwell.

Caso a transação avance, a Mabera compra a Coelima sem dívidas e os 3,7 milhões servem para pagar aos credores.

Empresa segura
Se a proposta da Mabera for aprovada na Assembleia de Credores da próxima sexta-feira, a transação da Coelima faz-se no imediato e a fábrica têxtil não fecha, pois é a Mabera que já assume os salários de junho.

Plenários quarta-feira
O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes agendou dois plenários de trabalhadores para quarta-feira, de tarde e de noite, na empresa. Os funcionários vão ser informados das propostas e dos próximos passos a dar para salvar a histórica fábrica têxtil da vila de Pevidém, Guimarães.