A Câmara Municipal de Guimarães e a PSP vão reforçar a fiscalização e o policiamento no centro histórico da cidade, depois de duas noites em que se registaram episódios de violência.

Em causa estão grupos de jovens violentos que têm perturbado a convivência no principal espaço turístico da cidade, inquietando moradores, comerciantes e turistas.

Os desacatos entre vários jovens resultaram em cenas de pancadaria que envolveram o arremesso de cadeiras de esplanada na madrugada do feriado municipal de 24 de junho, na Praça de S. Tiago. Na madrugada seguinte, no mesmo local, repetiram-se com maior gravidade e foi arremessada uma tocha para uma varanda de uma habitação. A tocha pegou fogo a um tapete e à varanda de madeira. O fogo foi extinto pelo dono de um bar, com recurso a um extintor.

Entretanto, a Câmara reuniu-se com a Associação Vimaranense de Hotelaria e com a PSP, para que se criassem condições de segurança. “São grupos pequenos que são provocatórios no sentido da violência e têm de ser mitigados muito rapidamente”, revelou Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara.

A autarca entende que este problema “só se resolve com policiamento” e adverte que Guimarães, sendo uma cidade segura, não pode deixar passar esta imagem de violência: “Quer por força da nossa fiscalização, quer por força da PSP, tem de se agir de forma muito mais incisiva e menos pedagógica. Eu acho que há um tempo da pedagogia e há um tempo de salvaguardar a segurança das pessoas”.

Adelina Pinto referiu ao jornal de noticias, que os episódios de violência são maus para o turismo e para os comerciantes, mas também para os moradores, na sua maioria idosos, que já denunciaram o caso à Autarquia: “Há coisas que não podem acontecer, nomeadamente as questões da segurança, até pela faixa etária de muitos dos habitantes da Praça de S. Tiago onde tivemos os problemas”.

Da parte da PSP, Adelina Pinto ouviu que será feito “um reforço grande para limitar estes problemas”. As imagens filmadas por populares na primeira noite de desacatos mostram a PSP a dispersar a multidão de jovens com recurso à força.

Sem detidos

Apesar de a PSP ter travado a violência na madrugada de 24 de junho, ninguém foi detido e as autoridades ainda têm em curso diligências para tentar identificar os envolvidos.

Esplanadas

Desde o início da pandemia que o número de esplanadas do centro histórico foi aumentado para o dobro, de forma excecional. A Câmara está a ponderar a possível reversão do alargamento.

In “JN”