Quatro portugueses indiciados por ataque sexual a duas jovens em Gijón. Portugueses dizem que sexo foi consentido.
Alberto, Diogo, João e Renato garantem que as relações sexuais com as duas jovens espanholas que os acusam de violação em grupo foram consensuais. E dizem que os vídeos feitos no quarto da pensão em Gijón na madrugada de sábado o comprovam. Mas a versão das duas mulheres teve mais força e dois dos quatro homens – todos entre os 20 e os 30 anos e naturais de Braga – ficaram esta segunda-feira em prisão preventiva por violação. “Já foram condenados pelos políticos, que os julgaram na praça pública ainda antes de serem presentes a tribunal, apenas com base num ‘filme’ que as duas mulheres fizeram e que não corresponde à verdade”, acusa o advogado Germán Inclán.
O caso está a agitar a opinião pública em Espanha, com dirigentes políticos e titulares de cargos públicos a “atirar gasolina para a fogueira”. O resultado foi uma manifestação esta segunda-feira à tarde em Gijón.
Advogado diz que vídeo prova ato consensual entre portugueses e jovens espanholas.
O advogado de defesa diz que o que aconteceu foi consensual e que as mulheres não estão a dizer a verdade, pedindo a libertação dos dois arguidos.
A SIC apurou que os quatro jovens são de Braga e não têm antecedentes criminais. O grupo esteve de férias em várias cidades espanholas (Bilbau e Valladolid), sendo Gijón a última paragem antes do regresso a Portugal.
Ontem, os quatro portugueses foram ouvidos pela juíza responsável pelo caso e negaram todas as acusações, garantindo ter provas de que o sexo foi consentido. Já as jovens espanholas, de 22 e 23 anos, contaram às autoridades que foram agredidas e forçadas a ter relação sexuais num quarto de uma pensão.
Os médicos não terão registado qualquer lesão ginecológica ou sinais de violência física nas duas jovens.