Os manifestantes negacionistas da pandemia de Covid-19, que insultaram o coordenador da task-force de vacinação, Gouveia e Melo, em Odivelas, podem ter de cumprir uma pena máxima de cinco anos de prisão, avança o ‘Correio da Manhã’ (CM).

Segundo a mesma publicação, em causa estão os crimes públicos de injúria, desobediência e coação e resistência sobre funcionário, que preveem uma condenação de até cinco anos de cadeia.

No caso do crime de injúria, está prevista a pena de quatro meses e meio de prisão, sendo aqui agravado por se tratar de um funcionário no exercício de funções, adianta o jornal. Quanto à desobediência, pode dar até um ano de cadeia, e o crime de resistência e coação, entre um a cinco anos.

Recorde-se que Gouveia e Melo foi insultado por manifestantes que o esperavam à entrada do centro de vacinação de Odivelas, que visitou no passado sábado.

Os negacionistas chamaram “assassino” ao coordenador da task-force (crime de injúria), sendo que alguns deles estavam sem máscara e a menos de um metro de distância do vice-almirante (crime de desobediência). Para além disso, tentaram impedir a sua entrada no centro de vacinação  (crime de resistência e coação).

Gouveia e  Melo não se deixou ficar e respondeu aos insultos. “O obscurantismo no século XXI continua. O negacionismo é que é o verdadeiro assassino”, disse na altura. 

O responsável sublinhou ainda que “as pessoas têm direito às suas opiniões”, mas “não têm é o direito a impor a sua opinião aos outros”. E, quando essa “opinião é imposta já de forma violenta, deixa de ser democracia”, afirmou.

“Têm direito à sua opinião, têm direito a falar uns com os outros, não têm direito a empurrar, não têm direito a condicionar as pessoas e, por isso, é que eu entrei ali pela porta principal”, reiterou o coordenador da task-force aos jornalistas.