A Frente Comum exige ao Governo que altere a proposta de OE. Em cima da mesa estão aumentos de 90 euros para todos os trabalhadores e um salário mínimo de 850 euros na Administração Pública.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública confirmou esta segunda-feira a realização de uma greve nacional dia 12 de novembro, para exigir ao Governo que altere a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
A greve foi aprovada numa reunião da coordenadora da Frente Comum realizada esta segunda-feira e anunciada pelo dirigente da estrutura sindical Sebastião Santana, em conferência de imprensa, em Lisboa, na sede do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Para o sindicalista, a proposta de OE2022 “não dá resposta aos problemas dos trabalhadores” e o aumento salarial de 0,9% previsto no documento não é suficiente.
Segundo Sebastião Santana, a greve afeta “todos os setores” da Administração Pública, sendo esperada uma “resposta muito firme dos trabalhadores a este Governo”.
“Estamos em crer que vai ser uma grande jornada de luta e que contribuirá para que o Governo altere as suas posições”, afirmou Sebastião Santana.
A Frente Comum exige aumentos de 90 euros para todos os trabalhadores e um salário mínimo de 850 euros na Administração Pública.
O relatório que acompanha a proposta de OE2022, entregue há uma semana pelo Governo no parlamento, prevê aumentos salariais de 0,9% para a generalidade dos funcionários públicos no próximo ano, o que, segundo o executivo, representa um esforço orçamental anual permanente de cerca de 225 milhões de euros.