A líder dos social-democratas suecos, Magdalena Andersson, a primeira mulher primeira-ministra da Suécia, renunciou poucas horas depois de ser nomeada.
Equilíbrio de forças que permitiu a nomeação de Magdalena Andersson não chegou para fazer passar o seu orçamento, o que lhe custou o apoio do parceiro mais pequeno da coligação no poder.
Magdalena Andersson foi anunciada como líder na quarta-feira, mas renunciou depois de o seu parceiro de coaligação ter abandonado o governo, deixando o orçamento por aprovar. Em seu lugar, o parlamento aprovou um orçamento elaborado pela oposição que inclui a extrema direita anti-imigrantes.
O parceiro de coaligação, o Partido Verde, disse que não poderia aceitar um orçamento “elaborado pela primeira vez com a extrema direita”.
Andersson afirmou depois que esperava tornar-se a primeira-ministra novamente como líder de um governo formado um único partido. “Há uma prática constitucional que obriga um governo de coaligação a renunciar quando um dos partidos se desliga desta”, disse a social-democrata na quarta-feira. “Não quero liderar um governo cuja legitimidade seja questionada.
Andersson foi eleita primeira-ministra na quarta-feira porque, segundo a lei sueca, ela só precisava que a maioria dos parlamentares não votasse contra ela. Até então ocupava o cargo de ministra das Finanças do governo dirigido pelo demissionário Stefan Lofven, tendo sido eleita pelos votos a favor de 117 deputados, com 57 abstenções. No parlamento de 349 lugares, apesar de 174 deputados terem votado contra, o número de abstenções permitiu a escolha de Magdalena Andersson.