Guerreiro falou ainda sobre o seu irmão.
André Horta considerou hoje que a inconstância de resultados do Sporting de Braga residiu em «questões de pormenor» e que a equipa está preparada para o ciclo exigente que vai enfrentar neste mês futebolístico.
“Saíram jogadores importantes, como o Paulinho e o Esgaio, por exemplo, mas acho que não se deve a isso. Tivemos alguns jogos no início da época em que a bola não queria entrar e parece que um ou dois empates seguidos, como tivemos, fazem com que as pessoas achem que estamos um pouco inconstantes. Era uma questão de pormenor e, no mês passado, em sete jogos, fizemos cinco vitórias. Não acho que estejamos com falta de dinâmica ou algo do género”, afirmou antes do treino da manhã.
O médio considera que a equipa está “bem e na luta por tudo, mais uma vez”.
“Podem ver pelos resultados e pela dinâmica ofensiva que a equipa está preparada. Não vou dizer que estamos ‘em ponto rebuçado’ porque, de hoje para amanhã, nós empatamos um jogo e vocês dizem que estamos inconstantes. Não vou dizer isso. O que sei é que estamos bem e que os resultados têm aparecido. Estamos bem e na luta por tudo mais uma vez. No fim veremos o que conseguimos”, disse.
Pelo mesmo sentido, alinhou Matheus – “com o Vizela [vitória por 4-1] fizemos um bom jogo, voltamos ao quarto lugar e queremos continuar a fazer bons jogos e continuar a somar pontos” -, afirmando ainda concordar com Carlos Carvalhal sobre não se dever comparar a equipa deste ano com a de épocas anteriores.
“Não tem como se comparar, cada plantel, cada grupo faz a sua história e esperamos este ano fazer história novamente neste clube que merece tanto, vamos continuar a trabalhar e jogo a jogo, olhos nos olhos cada adversário para colher os frutos no final”, disse o guarda-redes.
No domingo, os bracarenses recebem o Estoril Praia, quinto classificado, a apenas um ponto de distância, e Matheus promete um Sporting de Braga “aguerrido, mostrando sempre a sua identidade e em busca dos três pontos”.
Os minhotos vão disputar sete jogos em pouco mais de três semanas este mês, para todas as competições, facto que não assusta André Horta.
“Estamos habituados, nos últimos anos, felizmente, o Sporting de Braga tem estado a disputar todas as provas até ao fim. No ano passado, por causa da pandemia, a época foi mais curta e tivemos jogos de três em três dias ao longo da época toda. Nós, jogadores, até preferimos isso: jogar de dois em dois dias ou de três em três dias. Todos os jogos neste clube são decisivos porque temos de os ganhar todos. Estamos preparados”, disse.
O médio, de 25 anos, foi titular na vitória por 4-1 diante do Vizela, na terça-feira, e diz-se “sentir-se bem”.
“Desde o início da época que me sinto bem e provei isso com os jogos que fui fazendo. Durante um tempo, deixei de ser opção como titular, ia saindo mais do banco, mas tenho trabalhado para jogar e acho que, mais uma vez, correu bem”, disse.
André Horta considerou ainda que “o futebol português melhorou muito nos últimos anos a nível tático”, cabendo aos jogadores ‘arsenalistas’ “lutarem contra isso”.
“Agora, está muito na moda a defesa a cinco, que torna tudo mais complicado. Temos de encontrar maneiras de entrar dentro deles e continuar a ser equilibrados defensivamente. Temos tido vitórias mais volumosas e outras mais à tangente, mas temos trabalhado e sabemos o que temos de fazer. Não jogamos sozinhos e os adversários têm mérito. Ao contrário do que as pessoas dizem, acho que as equipas estão com mais qualidade. Desde a pandemia, as equipas, sem o público, perderam um bocadinho o respeito e batem-se muito mais com as equipas ditas grandes. Mesmo com o regresso do público isso mantém-se porque essas equipas perceberam que podem lutar contra todos. Isso é bom para a competitividade da Liga”, analisou.
Questionado sobre que aspetos pode melhorar a nível individual, André Horta foi rápido a responder: “Obviamente, a nível defensivo. Sou um jogador com características mais ofensivas e que não rouba muitas bolas, mas ao longo dos anos fui melhorando muito a nível de reação à perda da bola e, se calhar, roubar mais bolas por jogo é algo que posso melhorar. No entanto, não posso mudar a minha natureza”, frisou.
André Horta congratulou-se ainda com o facto do irmão Ricardo Horta estar mais perto de se tornar o melhor marcador da história do Sporting de Braga, depois do ‘bis’ diante dos vizelenses.
“Fico muito feliz, se puder ser ele a marcar todos os golos da nossa equipa, por mim está perfeito. É o recompensar de todo o trabalho que ele tem feito no clube, já são seis época aqui. É o nosso ‘capitão’ e tem demonstrado toda a sua qualidade. Só lhe tenho a agradecer e dizer para continuar”, disse.