Partido Aliança quer uma Educação acessível, moderna e arejada!

A educação é, desde há muitos anos, considerada como objetivo primordial de qualquer Estado de
Direito Democrático, nomeadamente em Portugal. Nenhum pai ou mãe dúvida, nem por um segundo,
quando afirma que o seu maior receio é não conseguir dar uma escolaridade digna aos seus
descendentes.

Mas será que o nosso Estado concorda? Assumirá ele realmente a educação como prioridade,
sobretudo a educação no ensino superior? Enquanto jovem universitária e candidata às eleições
legislativas de 30 de janeiro, pelo Partido Aliança (distrito de Braga), discordo severamente. E enquanto
cidadã com voz suplico por uma mudança que preveja a educação como prioridade.

Ouvimos recorrentemente nos noticiários que estamos perante uma crise financeira que obriga o
Estado a fazer cortes nas verbas destinadas ao Ensino Público. Mas questiono-me: não estaremos antes
perante uma má gestão das verbas públicas? Seria mesmo necessário o gasto de oito milhões e trezentos
mil euros em despesas de vestimenta e cobertura de comunicação social para um evento da presidência
europeia na UE ou teria sido mais útil conservar esse mesmo dinheiro para construir e modernizar as
residências para estudantes universitários? É uma falácia afirmar que qualquer jovem português, ainda
que com diminutos rendimentos, consiga aceder ao ensino superior. Ainda que este consiga pagar as
propinas, por meio das bolsas de estudo da DGES, maioritariamente o ingresso no ensino superior
implica a deslocação para um distrito vizinho e longínquo, o que significa dizer mudar de domicílio, e,
em consequência, mais custos.

De facto, existem residências universitárias, faltam, porém, quartos livres e condições mínimas de
salubridade. Quanto a quartos a arrendar numa cidade estudantil os preços rendam 1/3 de um salário
mínimo e, no nosso país tão protecionista é praticamente impossível um estudante dedicado e
interessado pela comunidade, conciliar o seu estudo com um trabalho, contrariamente a muitos outros
países europeus. Mas, ainda que assumindo que um estudante conseguiria, por enorme sorte, acesso a
uma vaga em residência académica, ainda existem mais e mais gastos que não são cobertos e são
totalmente esquecidos. Conclusão: estudar em Portugal continua a ser um luxo que não é para todos. E
isto por falta de financiamento ou por deficitária gestão?

Deveremos mesmo continuar a apoiar um parlamento que prioriza investimentos em estudos de
TGVs que nunca se concretizam, construção de submarinos que nunca aparecem, organizações
hipotéticas de festas para 2024; ou iremos, finalmente, elevar o investimento numa educação digna que
permita aos jovens ambicionar estudar em Portugal, sobretudo no distrito de Braga, o qual se tem
destacado pela inovação e excelentes resultados?

A candidatura do Partido Aliança pauta-se por uma motivação de renovação, modernização e
facilitação no acesso à educação. Falamos, essencialmente, em apoios monetários, contudo a
necessidade de modernização da Educação em Portugal vai muito além disso. Faria sentido ponderar a
inclusão real da formação artística e emocional no currículo escolar; faria sentido ponderar a
descentralização dos grandes polos universitários permitindo uma melhor distribuição da riqueza e da
população em Portugal. Faria, ainda, sentido, apoiar os jovens acabados de sair do ensino secundário
ou universitário no acesso a uma carreira.

Acima de tudo, faria todo o sentido começar a debater seriamente e de modo proactivo e inovador estes assuntos na Assembleia da República com o objetivo de criar medidas e, só um novo rumo, poderia fazer a diferença.
Ana Rita Antunes, nº2 na lista de candidatos do Aliança, pelo círculo eleitoral de Braga.