A taxa de abandono precoce da educação e formação registou, pelo quinto ano consecutivo, uma diminuição absolutamente marcante, alcançando em 2021 um mínimo histórico de 5,9% (5,3% no continente) e reduzindo este indicador para menos de metade neste período de seis anos, de acordo com a informação disponibilizada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
“O abandono caracterizava, em 2016, 14% dos jovens portugueses, e caiu, em 2020, para 8,9%, tendo ficado abaixo do objetivo traçado para esse ano e, pela primeira vez, abaixo da média europeia. De resto, e ao contrário do que tem vindo a verificar-se em Portugal, que sofreu, nos últimos anos, o decréscimo mais significativo de todos os países da União Europeia, este indicador teve uma evolução muito ténue a nível europeu, tendo a redução sido de apenas 11% para 10% nos últimos cinco anos”, pôde ler-se no comunicado enviado às redações pelo Ministério da Educação.
Os dados, segundo o Ministério, reforçam a tendência descendente observada em Portugal, por um cenário de quase estagnação na Europa. A taxa de abandono escolar tem sido considerada o principal indicador de desempenho dos sistemas educativos, a nível europeu, uma vez que permite identificar a percentagem de jovens que não concluiu o ensino secundário nem se encontra a frequentar qualquer modalidade de educação e formação, enfrentando assim uma situação mais vulnerável no acesso ao mercado de trabalho.
O abandono escolar precoce é monitorizado pelas autoridades estatísticas nacionais, mediante uma metodologia estabelecida pelo Eurostat para todo o continente.