Estabelecimento já tinha estado no centro das atenções em janeiro de 2021 por, alegadamente, proibir a entrada a comunistas e a cidadãos chineses.
m restaurante de Barcelos, que no ano passado gerou polémica por afixar cartazes a proibir a entrada de comunistas e cidadãos chineses, voltou agora a estar no centro da discussão, por culpar os “esquerdistas e comunistas” por não conseguir arranjar funcionários.
Foi através do Facebook, esta quarta-feira, que o restaurante ‘Divinal’ lamentou o facto de não ter conseguido encontrar funcionários para servir às mesas, depois de ter partilhado, no passado dia 11 de março, um anúncio de emprego.
“30 euros gastos à procura de trabalhadores. Resultados: 0 funcionários. O Facebook é inútil para encontrar funcionários. Há tantos empregos abertos aqui em Barcelos e no país em geral. Onde estão os trabalhadores portugueses? Obrigado esquerdistas e comunistas – vocês encorajam as pessoas a ficarem em casa e não fazerem nada além de esperar por um cheque do governo”, lê-se.
Na mesma publicação, o restaurante diz esperar que “trabalhadores ucranianos” ajudem o negócio a continuar em funcionamento.
Publicação do ‘Divinal’© Reprodução Facebook
Sublinhe-se que o estabelecimento em questão já tinha estado no centro das atenções em janeiro de 2021, depois de uma jovem de Barcelos, filha de pais chineses, divulgar no Twitter uma imagem em que mostrava duas folhas, afixadas no espaço, com o símbolo de proibição por cima de uma bandeira da China e do símbolo do Partido Comunista, originando acusações de racismo e xenofobia.
Na altura, em declarações ao jornal O Minho, a então gerente do espaço disse que a situação era “desconhecida” e que todas as pessoas eram bem-vindas no restaurante. Contudo, várias testemunhas ouvidas pelo mesmo jornal confirmaram que tinham visto os panfletos no interior das janelas do espaço.