O gestor terá anunciado esta quinta-feira ao Conselho Geral e de Supervisão do banco que irá abandonar as funções executivos a partir de agosto.


António Ramalho comunicou, esta quinta-feira, ao Conselho Geral e de Supervisão do Novobanco a sua intenção de abandonar as funções executivas no banco a partir de agosto, avançou o Jornal de Negócios. O mandato, que só terminaria em 2024, ficará a meio, porque o gestor “acredita ser este o momento certo” para sair. 

Questionada pelo Notícias ao Minuto, fonte oficial do Novobanco esclareceu, em comunicado, que “António Ramalho, comunicou hoje ao Conselho Geral e de Supervisão (CGS) a sua intenção de deixar as funções executivas que atualmente desempenha em agosto, e apoiar o processo de transição para o seu sucessor“.

“António Ramalho acredita ser este o momento certo para anunciar o seu desejo de deixar o cargo que assumiu há cerca de seis anos”, pode ler-se no mesmo comunicado. 

O Novobanco acrescenta ainda que “por forma a garantir uma transição tranquila e sem qualquer perturbação, António Ramalho vai permanecer no cargo de CEO do novobanco até ao início de agosto, após a apresentação dos Resultados do primeiro semestre de 2022”.

O gestor, que tem liderado a reestruturação do banco, tem também enfrentando várias polémicas. 

Em meados de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) disse estar a investigar o tema da relação entre o presidente executivo do Novobanco e o ex-presidente do Benfica e devedor da instituição Luís Filipe Vieira.

Na altura, questionado sobre a eventual reavaliação da idoneidade de António Ramalho, o Banco de Portugal disse que a adequação dos banqueiros é feita em “cada momento” atendendo a “factos objetivos” e que no caso do Novo Banco (por ser uma instituição significativa) é o BCE o responsável “pela abertura e decisão de eventuais processos de reavaliação de idoneidade”.

Ainda no início do ano, em entrevista à CNN, António Ramalho disse que a sua idoneidade é “revista permanentemente”, que “não houve da parte do Novo Banco nenhuma concertação ou preparação do senhor Luís Filipe Vieira para efeitos da comissão de inquérito” e que sempre defendeu “os interesses do banco e da comissão de inquérito”.