Contratos celebrados entre Dezembro e Fevereiro ainda não reflectem subida mais expressiva das taxas Euribor desde o início da guerra na Ucrânia.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 0,791% em Março, ligeiramente abaixo dos 0,793% no mês anterior. E nos contratos celebrados nos últimos três meses, que neste caso correspondem ao período entre Dezembro de 2021 e Fevereiro de 2022, a taxa implícita também desceu, fixando-se em 0,730%, contra 0,739% no mês anterior.

A taxa dos contratos celebrados nos últimos três meses, que tinha subido em Fevereiro, ainda não reflecte a subida mais expressiva registada a partir do início da guerra na Ucrânia, a 24 de Fevereiro.

A Euribor a 12 meses, a taxa mais utilizada na maioria dos empréstimos mais recentes, já atingiu um valor ligeiramente positivo na semana passada, voltando a terreno negativo, mas de apenas -0,010% na sessão desta terça-feira, longe do mínimo de sempre, de -0,518%, verificado em 20 de Dezembro de 2021. Os restantes prazos das taxas Euribor também estão negativos e desceram ligeiramente nas últimas sessões, depois de mais de um mês a recuperar valor, a aguardar que o BCE sinalize o início de subida das suas taxas directoras.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística, revelados esta terça-feira, mostram que o capital médio em dívida aumentou 318 euros em Março, fixando-se em 59.067 euros, e a prestação média manteve-se em 255 euros, correspondendo 39 euros (15%) ao pagamento de juros e 216 euros (85%) ao capital amortizado.

Já para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi de 123.343 euros, mais 1619 euros que em Fevereiro, e o valor médio da prestação desceu três euros, para 326 euros.