António Costa já falou aos jornalistas, depois de uma curta visita guiada na cidade de Irpin, nos arredores de Kiev, que foi palco de fortes confrontos entre as forças ucranianas e russas. O primeiro-ministro descreveu o cenário como “absolutamente devastador” e destacou a brutalidade levada a cabo pela Rússia contra as populações civis.
“É absolutamente devastador. Eu só tive oportunidade de ver através das vossas imagens, mas ver ao vivo é, de facto, devastador. Pela brutalidade do ataque, a forma cruel como aqueles carros foram metralhados com pessoas lá dentro”, afirmou António Costa.
Irpin, situada a cinco quilómetros a noroeste de Kiev, que antes da guerra tinha 100 mil habitantes, foi palco de violentos combates entre o final de fevereiro e março.
Questionado sobre o que mais o impressionou na visita, Costa sublinhou a “brutalidade contra as populações civis”, que leva a querer que, neste momento, já não podemos falar “de uma guerra normal”. “Sabemos que a guerra é sempre dramática, mas a guerra tem regras. Aqui, já não estamos a falar de uma guerra normal, mas de atos verdadeiramente criminosos”, declarou António Costa.
A intervenção russa em Irpin, prosseguiu, “visou a pura destruição da vida das pessoas”.
“É fundamental que as investigações prossigam e que todos os crimes de guerra sejam devidamente apurados e punidos. A guerra também tem de obedecer à lei. O que aconteceu aqui foi inadmissível”, frisou.
António Costa esteve em Irpin cerca de uma hora e regressou a Kiev para se reunir com o Presidente ucraniano, Volodymyr