O ano de 2022 ainda não chegou a meio e já contabiliza 13 mulheres vítimas mortais de violência doméstica, um número próximo do número total de mortes contabilizadas em 2021, quando 16 mulheres foram assassinadas pelos maridos.

A contagem é feita esta terça-feira pelo Jornal de Notícias, depois de segunda-feira Sílvia Mendes ter sido morta a tiro em Felgueiras. Segundo o jornal, os dados da Comissão para a Igualdade de Género, baseados em estatísticas da Polícia Judiciária, apontavam para oito femicídios nos primeiros três meses do ano, a que se somaram, pelo menos, mais cinco casos relatados na comunicação social.

“O número de homicídios conjugais a esta data é claramente assustador. Parece estar a recuperar a tendência do período pré-pandémico, o que é preocupante”, disse, ao JN, João Lázaro, presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.

No período a que o dirigente associativo se refere, em 2019, por exemplo, 35 pessoas assassinadas em contexto de violência doméstica.