Número mais baixo de downloads registado em 2021 leva Facebook a alterar as suas linhas estratégicas para competir com a plataforma de origem chinesa TikTok.
A Meta vai alterar o algoritmo do Facebook para priorizar o conteúdo de interesse tendo por base a popularidade e o tópico, substituindo assim o conteúdo postado pela lista de “amigos” de outros utilizadores, segundo avança o portal online The Verge. Mas, as novidades não se ficam por aqui: parte do plano estratégico da empresa passa também por unificar a rede social e a sua atual aplicação de mensagens, Messenger.
O objetivo destas mudanças passa por oferecer recursos semelhantes ao Tiktok e, deste modo, fazer-lhe face. A informação surge após o referido meio ter tido acesso a um comunicado interno em que Tom Alison, responsável pelo Facebook, detalha as linhas estratégicas determinadas pela empresa. Em declarações à publicação, Alison reconheceu ainda que a empresa levou em consideração as estratégias do TikTok para implementar mudanças na empresa e replicar experiências da concorrente, como o separador ‘Para si’.
Segundo o The Verge, estes planos poderão estar relacionados com os números de ambas as redes sociais. As estimativas da Sensor Tower indicam que, no ano passado, o TikTok registou downloads 20% superiores aos do Facebook e 21% superiores aos do Instagram. Para estas mudanças, a Meta prevê focar-se em quatro pilares estratégicos de longo prazo: encontrar, aproveitar e criar conteúdo interessante, fortalecer relações comerciais, criar diferentes tipos de comunidades e aproveitar de oportunidades económicas.
O que vai mudar?
De acordo com o documento mencionado, o Facebook irá guiar-se por umnovo conceito: um motor de descoberta. Com a missão de proporcionar um conteúdo cada vez mais personalizado, o Feed fará recomendações conforme tema e popularidade, retirando peso às publicações partilhadas pelos outros utilizadores da rede social, parte da lista de “amigos”.
Sem abrir mão da essência de conectar pessoas, o plano desta rede social passa por investir mais “em mecanismos de descoberta que ajudam as pessoas a encontrar e desfrutar de conteúdo interessante, independentemente de ser produzido por alguém a quem se está ligado”.
Depois de, em 2014, ter separado o serviço de mensagens da plataforma principal, o Facebook quer agora “criar experiências de mensagens da comunidade” ao integrar a caixa de entrada do Messenger. “É importante que integremos as experiências de mensagens de maneira mais transparente”, pode ler-se no comunicado.
Outras previsões passam por tornar a parte superior do Feed “mais limpa”, tornando a visualização de stories mais acessível, e incluir um “Painel de Comunidade” para dar acesso direto às comunidades que mais interessam aos utilizadores.