António Barroso, o guardião da aldeia, diz que “já desde 2009 que a água não baixava como está agora”. As ruínas, agora à superfície, chamam a atenção dos mais curiosos.

A antiga aldeia de Vilarinho da Furna, em Terras de Bouro, submersa há meio século para a construção da barragem que adotou o mesmo nome, já está com 70% do casario à vista, devido aos efeitos da seca. E está a despertar o interesse de cada vez mais gente, que quer ver as antigas casas de granito que fizeram parte de uma povoação de caraterísticas únicas, que vivia em comunitarismo e regras muito próprias.

O guardião de Vilarinho da Furna, António Barroso, revelou à Renascença que “já desde 2009 que a água não baixava como está agora”.

O acesso ao local é feito através de um caminho de terra batida e que é portajado pela proprietária dos terrenos fora de água, a Associação de Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna (AFURNA), da qual António Barroso é também dirigente.

É o mesmo caminho que dá acesso a três praias fluviais, Arco da Mondeira, Portelada e Quinta do Padre Outeiro.

A aldeia de Vilarinho da Furna, no concelho de Terras de Bouro, foi afundada em fevereiro de 1971 para dar lugar à Barragem da EDP, que represou o rio Homem.