Segundo a Federação, os novos regulamentos “visam viabilizar e atrair” novos fabricantes de motores.

O Conselho Mundial de Automobilismo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou na passada terça-feira novos regulamentos para os motores de Fórmula 1 previstos para 2026, abrindo caminho para a chegada de novos fabricantes de motores como a Porsche.

Concretamente, a partir de 2026, os motores de F1, híbridos desde 2014, passarão a utilizar combustíveis 100% sustentáveis e terão um aumento na implantação de energia elétrica de até 50% em relação aos níveis atuais, explicou a FIA em comunicado de imprensa.

Com o objetivo de “manter o espetáculo”, os motores terão desempenho semelhante aos dos modelos atuais, “usando motores de combustão interna V6 de alta potência e alta rotação”, mas com fluxo de combustível reduzido.

“A introdução de uma tecnologia avançada para os grupos motopropulsores e combustíveis sintéticos sustentáveis faz parte do nosso objetivo de oferecer benefícios aos utilizadores das estradas e atingir a nossa meta de carbono zero até 2030”, disse o presidente da FIA, Mohammed bin Sulayem, citado no comunicado.

O custo de desenvolvimento desses novos motores também será limitado a partir de 2023.

Segundo a Federação, os novos regulamentos “visam viabilizar e atrair” novos fabricantes de motores.

Entre eles, a alemã Porsche poderia assinar o seu regresso como fabricante de motores na categoria principal do automobilismo em parceria com a equipa Red Bull.

O anúncio, agora muito aguardado no paddock, porém, demora a chegar já que, segundo a imprensa especializada, o grupo Volkswagen – do qual a Porsche faz parte – aguarda que as regras sejam finalizadas e votadas para registar o seu regresso à F1 depois de mais de 30 anos de ausência. Agora está feito.

Além disso, as atualizações do regulamento técnico para as temporadas 2022 e 2023 também foram aprovadas na terça-feira, com o objetivo de resolver o problema do porpoising, um fenómeno aerodinâmico que causa enormes vibrações nos carros da Fórmula 1, e garantir regras de segurança mais rigorosas relativas ao halo destinado a proteger os pilotos nos seus carros.