O Benfica empatou 1-1 com o PSG e manteve-se colado aos franceses na liderança do Grupo H. António Silva brilhou na Luz, tal como Donnarumma e Vlachodimos.
Dois golos, várias ocasiões, guarda-redes a brilhar e… primeiro golo de Messi ao Benfica, ao cabo de três encontros. O Benfica-PSG foi um verdadeiro jogo de Champions e terminou como começou: empatado, embora com golos, numa partida onde os Encarnados jogaram olhos nos olhos com o multimilionário PSG e até podia ter vencido.
Já na próxima terça-feira o Benfica tem a oportunidade de dar seguimento a grande exibição na Luz para, se puder, pontuar no Parque dos Príncipes e manter-se lado a lado com os franceses na liderança do Grupo H da Liga dos Campeões.
A noite foi dos guarda-redes
Era o primeiro grande teste do imbatível Benfica de Roger Schmidt, frente a um PSG ainda sem derrotas na época (13 jogos, 11 vitórias, dois empates, 38 golos marcados e oito sofridos), num jogo que decidia a liderança do Grupo H da Champions.
Numa noite de gala na Luz, com 62306 gargantas afinadas a fazerem a festa, quem brilhou foram os atores secundários. Os holofotes estavam todos centrados em Messi, Neymar, Mbappé mas a estrelas da noite foram os dois guarda-redes: Donnarumma nos franceses e Odysseas Vlachodimos nos Encarnados.
Numa primeira parte de forte pressão do Benfica, o PSG sentiu dificuldades para ligar o seu jogo. A circulação era lenta, os astros tinham pouca bola e quando a tinham, perdiam com facilidade. O Benfica apostava em lances rápidos no ataque, com ligações diretas a Rafa, Davi Neres e Gonçalo Ramos.
Foi de uma ligação António Silva-Gonçalo Ramos que Donnarumma disse ‘presente’ logo aos oito minutos. Repetiu a dose aos 18, agora com David Neres na jogada. E, aos 37, novamente o italiano a agigantar-se na baliza e negar o golo ao jovem António Silva.
Se Gigi foi dono do primeiro tempo, Odysseas Vlachodimos emergiu na segunda parte, mantendo o Benfica em jogo, com excelentes defesas, em mais uma grande noite de Champions para o grego: negou o golo a Neymar aos 55, a Hakimi aos 49 e 61 e a Mbappé aos 69 minutos. Pelo meio ainda conseguiu, com os pés, evitar uma grande asneira de Otamendi.
Se o génio de Messi desbloqueou o marcador aos 21 minutos, o azar de Danilo aos 41 deu alguma justiça ao resultado, num lance onde estava no sítio errado à hora errada.
O treinador do Benfica, Roger Schmidt, na conferência de imprensa após o jogo com o PSG, da terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões 2022/23 e que terminou 1-1.
«Foi um verdadeiro jogo de Champions frente a uma grande equipa como o PSG, que tem muita qualidade individual. Fomos corajosos, estou satisfeito pelo modo como jogámos, como os adeptos estiveram e foi uma noite extraordinária.»
«Como disse, é sempre importante criar boas oportunidades nestes jogos e nós tivemos quatro ou cinco grandes oportunidades. O guarda-redes do PSG esteve bem, o nosso também, mostraram grande qualidade. Claro que queremos ser sempre nós a ter a sorte do nosso lado, tivemos a última grande oportunidade pelo Rafa. Não tenho nada a apontar, com uma equipa como PSG seria sempre difícil. Eles também tiveram posse e tivemos de defender perto da área, mas fazia parte. Se o tivéssemos de fazer, defender perto, tínhamos de fazer bem. E isso sucedeu. Não estou a pensar em Paris, estou a pensar no Rio Ave e só depois nos iremos preparar para Paris. »
O treinador do PSG, Cristophe Galtier, na conferência de imprensa após o jogo com o Benfica, da terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões 2022/23 e que terminou 1-1.
«O Benfica teve uma dose de energia boa, com pressão. Como bloco, esteve bem posicionado, faltou-nos um bocado de pressão sobre o portador da bola e isso deu esperança a esta equipa, que é uma boa equipa.»
«No segundo tempo, a equipa foi mais agressiva, recuperou a bola mais alto, teve mais verticalidade. Colocámos mais bola em profundidade, fomos mais perigosos, mas não marcámos. Olhando para o jogo, ambas as equipas tiveram ascendente e os dois guarda-redes foram importantes.
«O resultado? Nós queríamos sair da pressão. jogar entre linhas, creio que conseguimos algumas vezes, mas faltava capacidade de profundidade, os laterais carregarem. Saímos a jogar muito com a bola no pé quando precisávamos de verticalidade. A segunda parte foi melhor, mas foi um jogo com uma intensidade incrível, defrontámos um bom adversário. Não conseguimos pressionar os médios, nem os centrais deles.»