Secretário de Estado adjunto de António Costa envolvido em polémica é alvo de duas investigações do Ministério Público
Miguel Alves, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro António Costa, foi acusado de prevaricação pelo Ministério Público no âmbito de uma certidão extraída da Operação Teia, avançou o “Observador” e confirmou ao Expresso uma fonte judicial.
Entre os principais arguidos da Operação Teia está a empresária Manuela Couto e o ex-marido, Joaquim Couto, ex-presidente da Câmara de Santo Tirso.
Miguel Alves está a ser alvo de duas investigações. Há duas semanas, o “Público” avançou que o governante adiantou um empréstimo de 300 mil euros para um projeto ainda não concretizado quando era presidente da Câmara de Caminha (Viana do Castelo).
Em causa está a construção de um Centro de Exposições Transfronteiriço naquela localidade, uma obra que ainda não começou depois do contrato-promessa entre o promotor e a autarquia ter sido assinado em 2020.
O “Público” referia que o pagamento foi feito pela autarquia em março de 2021 a uma empresa desconhecida e associada ao empresário Ricardo Moutinho, um investidor com um alegado currículo falsificado.
Há uma semana, o Expresso revelou que a empresa em questão, a Green Endogenous, S. A., faz parte de um grupo de investimento que foi “criado na hora”.
Em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, Miguel Alves, o ex-autarca mostrou-se seguro da legalidade do processo e explicou o porquê de não se ter pronunciado publicamente sobre esta polémica antes.
São várias as vozes no interior do PS a considerar insustentável a continuação no Governo de Miguel Alves.