Salário médio líquido sofre maior queda trimestral desde o tempo da troika

Grupo de topo dos “representantes do poder legislativo, dirigentes e gestores executivos” é onde os salários mais valorizam, seja no terceiro trimestre, seja face ao verão de 2021. Tiveram aumentos de 11%, acima dos 9,1% da inflação.

salário médio líquido dos trabalhadores por conta de outrem interrompeu de forma inequívoca a tendência de valorização que já durava há oito anos.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) ontem publicados no âmbito do Inquérito ao Emprego do terceiro trimestre e analisados pelo Dinheiro Vivo (DV), o salário líquido trimestral registou uma descida de 0,5% nos meses do verão passado (trimestre de julho a setembro), naquela que é a maior redução desde o início de 2014, quando o país tentava a saída do programa de ajustamento da troika e do governo PSD-CDS.

Considerando apenas o trimestre estival, é o maior recuo desde o primeiro verão com a troika, em 2011, estava o programa de austeridade a começar.

Como referido, o salário médio líquido, uma medida que é calculada a partir dos rendimentos de quase 4,2 milhões de trabalhadores por conta de outrem (TCO), estava a recuperar desde o início de 2014 de forma paulatina.