Segundo Pedro Strecht, “Há casos em todos os distritos”, revelou o responsável, especificando que Lisboa, Porto, Braga, Santarém e Leiria são os distritos com mais casos, por ordem decrescente. A incidência nestes distritos explica-se, em parte, pela existência de seminários ou outras instituições religiosas. A esmagadora maioria dos alegados abusadores eram padres (77%).
Quanto aos locais dos abusos, e havendo uma relação identificada de confiança, medo ou dependência da vítima perante o abusador ocorreu nos mais variados contextos: muitas das vítimas foram abusadas nas suas próprias casas, algumas em carros. Mas também em seminários, colégios internos, na sacristia, na casa do padre ou em agrupamentos de escuteiros.
Segundo Pedro Strecht, a maior parte das vítimas são do sexo masculino (52%), em 32% dos casos têm grau de literacia ao nível da licenciatura e, à época dos abusos, “eram todos estudantes do primeiro e segundo ciclo”.