Sindicato dos Maquinistas marcou greve de 1 a 30 de abril e acusa tutela e CP de ter “atitude autista e de desconsideração pelos trabalhadores e pelas dificuldades que estes e as suas famílias atravessam”.
ão resta aos Maquinistas outro caminho se não continuar a luta”. O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) anunciou uma greve de 1 a 30 de abril, que vai fazer parar, mais uma vez, os comboios do país.
Sublinhe-se que, entre 16 e 22 de abril, os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ “encontram-se em greve a todo o trabalho suplementar, incluindo ao trabalho em dia de descanso semanal”.
Os maquinistas acusam a tutela e a CP de não ter “efetuado qualquer diligência para a resolução do conflito laboral em curso”, afirmando ainda que têm uma atitude “autista e de desconsideração pelos trabalhadores e pelas dificuldades que estes e as suas famílias atravessam nestes tempos de inflação galopante”.
Em comunicado, o SMAQ diz também que “mesmo questões que carecem de resolução urgente e que dependem exclusivamente da CP não são resolvidas”.
Os maquinistas reivindicam “aumentos salariais efetivos e valorização da Carreira da Tração, melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais” e “melhoria das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor”.
Também a “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede“, a “implementação de um efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo” estão na lista de exigências.
Recorde-se que Março foi um mês pleno em greves no serviço ferroviário nacional, causando fortes constrangimentos na circulação. O próprio SMAQ levou a cabo uma greve entre 11 e 17 de março. Em fevereiro, os comboios do país também estiveram parados, entre os dias 8 e 21.
A Infraestruturas de Portugal, por exemplo, realizou duas greves de 24 horas, uma no dia 28 de fevereiro e outra no dia 2 de março. Está prevista ainda uma nova paralisação de 24 horas pelo Sintap e pela Sinafe, a 6 de abril.
Termos da greve:
- Entre as 00h00 do dia 1 de abril de 2023 e as 24h00 do dia 30 de abril de 2023, os maquinistas e maquinistas técnicos “encontram-se em greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a 07h30“, bem como “a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 00h30 e as 06h00“;
- Os maquinistas e maquinistas técnicos, durante o mesmo período de tempo, “encontram-se em greve a todos os períodos de serviço cujo teor viole o acordo de Empresa CP/SMAQ 2022”;
- Entre as 00h00 do dia 17 de abril 2023 e as 24h00 do dia 21 de abril 2023, os inspetores de tração ou inspetores-chefe de tração “encontram-se em greve a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a 6 horas“;
- Os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ, entre as 00h00 do dia 1 de abril de 2023 e as 24h00 do dia 30 de abril 2023 “encontram-se em greve a todo o período de serviço sempre que lhes seja atribuído um período normal de trabalho diário cujo horário de trabalho não conste nas escalas em vigor à data do início da greve”;
- Entre as 00h00 do dia 1 de abril de 2023 e as 24h00 do dia 30 de abril de 2023, os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ “encontram-se em greve à prestação de trabalho sempre que o seu período de serviço preveja um repouso fora da sede e desde que o tempo decorrido entre o início do período normal de trabalho diário (PNTD) na sede e o fim do PNTD após o repouso fora da sede exceda as 30 horas“;
- Entre os dias 16 de abril e o dia 22 de abril os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ “encontram-se em greve a todo o trabalho suplementar, incluindo ao trabalho em dia de descanso semanal”;