O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, alertou hoje de que “o tempo está claramente a esgotar-se” para o país, que pretende aderir à NATO antes da cimeira de líderes em julho próximo, na capital da Lituânia, Vilnius.
Õ processo de adesão da Suécia à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) está ainda bloqueado pela Turquia e pela Hungria, únicos Estados-membros que ainda não deram a sua aprovação, alegando diferentes motivos.
Enquanto Ancara condena a conivência sueca com alegados terroristas curdos, Budapeste está a tentar impedir que determinadas políticas sejam aprovadas na União Europeia (UE).
“Neste momento, não devemos esperar que alguma coisa aconteça com este processo. Neste momento, a Turquia está ocupada com a política interna”, declarou Kristersson, referindo-se às eleições presidenciais realizadas no domingo naquele país, cujo resultado ditou uma segunda volta entre o Presidente, Recep Tayyip Erdogan, e o principal candidato da oposição, Kemal Kiliçdaroglu.
A Suécia apresentou a sua candidatura para aderir à Aliança Atlântica ao mesmo tempo que a Finlândia. Contudo, após o veto da Turquia e da Hungria a Estocolmo, Helsínquia decidiu avançar sozinha, sem a companhia do país vizinho e principal aliado, e obteve o aval definitivo no início de abril.
Em seguida, a Suécia estabeleceu a cimeira de líderes de julho como horizonte limite para obter a entrada na NATO, mas as recentes tensões entre Ancara e Estocolmo, após a queima de exemplares do Corão no país escandinavo, e as atuais eleições turcas parecem dificultar o cumprimento desse prazo.