Após um mês de ‘IVA Zero’, saiba como estão os preços dos alimentos

Análise é feita pela DECO Proteste – cabaz alimentar tem 41 dos 46 produtos abrangidos pela medida. Há produtos mais baratos, enquanto outros aumentaram de preço.

Passou um mês desde que entrou em vigor o IVA Zero, uma medida que isenta deste imposto um conjunto de bens alimentares considerados essenciais. Dos 41 produtos do cabaz alimentar monitorizado pela DECO Proteste abrangidos pela medida, 33 estão mais baratos e oito aumentaram de preço.

Tendo em conta os preços registados em 17/05/2023, em comparação com os preços de 17/04/2023, verificamos que dos 41 produtos em análise há 33 que hoje estão mais baratos, enquanto 8 aumentaram de preço, mesmo com a isenção de IVA”, revela a DECO Proteste, numa nota enviada ao Notícias ao Minuto.

Entre os produtos que desceram de preço, neste intervalo temporal, destacam-se “a pescada fresca (-37,52%), a alface frisada (-20,24%), a curgete (-19,40%), o óleo alimentar (-14,24%) e o tomate (-14,09%)”.

A organização faz uma ressalva para o óleo alimentar “em que a descida de preço foi bastante inferior ao esperado visto que tinha uma taxa de IVA de 23%”.

Outros produtos “como, por exemplo, o esparguete (-1,83%), a manteiga com sal (-1,61%) e o arroz agulha (-1,41%) também tiveram descidas de preço muito inferiores ao esperado neste período”.

Os produtos que encareceram face ao preço registado a 17 de abril “são o iogurte líquido (+13,85%), pão de forma sem côdea (+6,53%), atum posta em óleo vegetal (+6,47%), brócolos (+6,26%), massa espirais (+4,66%), maçã gala (+2,98%), laranja (+0,86%) e maçã golden (+0,48%)”.

Recorde-se que a isenção de IVA entrou em vigor a 18 de abril. Fazem parte do cabaz com IVA a 0% um total de 46 produtos, que foram escolhidos tendo em conta o cabaz de alimentação saudável do Ministério da saúde e os dados das empresas de distribuição sobre os produtos mais consumidos pelos portugueses.

A medida, que visa combater os efeitos da alimentação no rendimento das famílias, estará em vigor até ao final de outubro, com o Governo a estimar que terá um contributo de 0,2% na redução da taxa de inflação em 2023.