Suspeita-se que Mário Costa, que já terá sido constituído arguido pelo Ministério Público (MP), esteja envolvido em negócios ilegais com jovens jogadores oriundos de países do Extremo Oriente e da América do Sul.

A residência do presidente da Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Costa, foi alvo de buscas por parte de inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) do norte, na segunda-feira, por suspeitas de tráfico humano. Segundo a SIC Notícias, a investigação incide também sobre a Bsports Academy, situada em Riba de Ave, em Vila Nova de Famalicão, pelo alegado recrutamento de jogadores que pagavam 500 euros para serem colocados em pequenos clubes portugueses, sem receber salário. Ficavam, também, sem passaporte.

Suspeita-se que o dirigente, que já terá sido constituído arguido pelo Ministério Público (MP), esteja envolvido em negócios ilegais com jovens jogadores oriundos de países do Extremo Oriente e da América do Sul.

Esta quarta-feira, sublinhe-se, o Correio da Manhã noticiou que o SEF libertou jogadores que estavam sequestrados e que, entre eles, estão 36 menores.

A Liga também confirmou as buscas, revelando-se “surpreendida pelas notícias veiculadas” e esclarecendo que “os factos relatados em nada” estão “relacionados com cargo exercido pelo Dr. Mário Costa na Liga Portugal”. Ainda assim, o órgão assegurou que estava a acompanhar a “evolução das diligências, aguardando por mais dados”.

Nessa linha, a entidade marcou uma reunião de “urgência” para esta quarta-feira, por forma a avaliar o “impacto” na gestão do organismo das notícias relacionadas com o presidente da mesa da assembleia geral.

Em nota enviada às redações, Mário Costa disse que aguardava “serenamente o desenrolar das investigações certo e confiante de que se apurará a verdade dos factos que revelará que nenhum ilícito criminal foi praticado”.

Por seu lado, a Bsports, que se descreve como “uma academia de alto rendimento”, disse estar “certa e confiante de que se apurará a verdade dos factos, que revelará que nenhum ilícito criminal foi praticado pelos seus representantes ou colaboradores e que só por engano ou denúncia caluniosa alguém poderá ter pensado o contrário”.