O El Corte Inglés obteve em Portugal um lucro bruto de 51 milhões de euros no exercício terminado em fevereiro, mais 13% do que no ano anterior, tendo as vendas aumentado 20,2% para 583,9 milhões de euros.
Em comunicado hoje divulgado, o grupo retalhista espanhol refere que os resultados são justificados pela “confiança dos clientes fidelizados, o aumento das vendas ‘online’ e das vendas a turistas”.
Segundo as contas divulgadas hoje pelo grupo em Madrid, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) alcançou os 51 milhões de euros em Portugal, tendo os resultados, depois da liquidação dos impostos, alcançado os 19,5 milhões de euros, o valor “mais alto alcançado pela empresa” nos seus 21 anos em Portugal.
Ao longo de 2022 foram registados 557 milhões de euros de custos e de despesas de exploração na empresa portuguesa do grupo, mais 21% do que no período anterior.
O El Corte Inglés em Portugal destacou os programas de desenvolvimento de pessoas no período em análise — “sobretudo na área da qualificação, diversidade e inclusão” –, tendo os custos com pessoal subido 16% para 81 milhões de euros.
Os investimentos com a renovação de espaços comerciais e com a transformação digital cifraram-se em cerca de cinco milhões de euros.
Para a sua atividade em Portugal, a empresa espanhola espera a “continuação de uma evolução positiva, pese embora o cenário macroeconómico que parece penalizar o consumo privado”.
“Este otimismo é justificado pelo comportamento dos clientes estrangeiros e pelo aumento das vendas on-line, que permitem aumentar a base de clientes a todo o país, de forma permanente e com as mesmas garantias de qualidade e de confiança”, refere no comunicado.
A nível global, a atividade do grupo atingiu um EBITDA de 951 milhões de euros e um volume de vendas de 15.327 milhões de euros, mais 18,3% e 22,5%, respetivamente, em termos homólogos.
Já para estes resultados, que permitiram um lucro líquido de 207 milhões de euros — “o valor mais elevado dos últimos anos, mesmo apesar do impacto do aumento dos custos energéticos” — e um resultado líquido total que atingiu os 870 milhões de euros, o grupo considera que são determinados “pela boa evolução do negócio, pela otimização dos custos e pelos sucessos na gestão”.
O Grupo El Corte Inglés baixou também a sua dívida financeira líquida para 2.295 milhões de euros, atingindo “o nível mais baixo dos últimos 15 anos”.
A nível de segmentos, a área de retalho atingiu vendas de 12.213 milhões de euros, crescendo 7,8%, tendo o volume de negócios do segmento de viagens alcançou os 1.677 milhões de euros, contra 472 milhões de euros em 2021.
Quanto ao exercício em curso, o grupo enalteceu o “bom desempenho da campanha primavera-verão, que impulsionou as vendas em todas as divisões”.