Um “festival gigante de grandes concertos e representações”, com mais espaço junto ao palco do coreto e um programa de recolha de lixo orgânico para compostagem, é o esperado do Alive, que começa na quinta-feira e está praticamente esgotado.

São “mais de 110 artistas diferentes e, portanto, aquilo que esperamos é um festival gigante de grandes concerto e de grandes representações, porque também temos um palco de comédia. A expectativa é muito grande”, disse o promotor Álvaro Covões em entrevista à agência Lusa e à RTP, à margem de uma visita guiada ao recinto do Nos Alive, no Passeio Marítimo de Algés.

Naquela que é a sua 15.ª edição, a decorrer entre quinta-feira e sábado, são esperadas “165 mil pessoas”, 55 mil por dia, porque “neste momento só há bilhetes para sábado, mas está quase a esgotar”, afirmou.

“Recomendamos sempre o cartaz absolutamente fantástico, e é bom que as pessoas olhem para o calendário e organizem-se, quem vem, e venham cedo porque vale a pena”, acrescentou.

O festival apresenta como alguns dos principais cabeças de cartaz Red Hot Chili Peppers, Arctic Monkeys, Sam Smith, Queens of the Stone Age, Lil Nas X, Lizzo e The Black Keys.

Mas como não é só de grandes nomes internacionais que se faz o evento, Álvaro Covões destacou outros artistas, como King Princess, um concerto que é “fundamental não perder”, ou Carolina Deslandes e Barbara Tinoco, “que vão atuar pela primeira vez juntas”.

Na edição deste ano não haverá grandes alterações, tendo em vista o objetivo de “tentar manter os serviços principais nas mesmas localizações”, para que o público habitual do festival saiba onde fica cada espaço.

“O mais importante para nós, que vem desde a política que seguimos em 2007, é ter pequenas medidas que apoiem a sustentabilidade”.

Por isso, a grande novidade este ano é a recolha de lixo orgânico para compostagem, seguindo o programa que a Câmara Municipal de Oeiras já está a iniciar a nível doméstico.

“Vamos ser o primeiro grande evento urbano a ter também recolha seletiva de lixo orgânico para compostagem, que é também um dos passos fundamentais para a sustentabilidade do planeta”, destacou.

Este é o primeiro ano em que o festival se realiza dentro da total normalidade, depois de um regresso cauteloso em 2022, após dois anos de edições adiadas devido à pandemia de covid-19.

“Eu tenho referido que apesar de ser a 15.ª edição, é o 17.º cartaz, infelizmente. Espero que nunca mais se interrompa este ciclo de podermos nos apresentar ao vivo e receber pessoas, mas, acima de tudo, o que se espera são grandes e fantásticos concertos”, afirmou.

Depois de dois anos difíceis Álvaro Covões confessa que “ainda hoje é uma emoção ver tanta gente a trabalhar e estar orgulhosa de contribuir para esta indústria da cultura”.

“Valeu a pena todos os desafios que foram lançados às empresas e aos profissionais da cultura, que resistissem e continuassem neste setor, para que fosse possível em Portugal continuarmos a apresentar os melhores eventos do mundo”, considerou.

Durante a visita ao recinto, foi possível ver as equipas a trabalhar na montagem dos espaços, com os palcos já instalados, bem como as zonas de restauração, e todas as estruturas de apoio a serem ultimadas, como é o caso das casas de banho, distribuídas por uma zona onde até “se pode jogar à bola”, brincou o responsável, numa alusão à amplitude do espaço.

São sete palcos, ao todo, incluindo o do coreto, que este ano fica localizado numa “zona muito maior, com mais esplanadas”, virado de costas para o rio.

Por este palco vão passar nomes como iolanda — que hoje fez uma breve atuação -, y.azz, Homem em Catarse, Peculiar, Sónia Trópicos, Juana na Rap, Rita Onofre e Trafulha, entre outros.

Este ano volta a haver também uma zona para grávidas: “Fomos o primeiro festival a ter zonas de grávidas no mundo. Na sexta-feira já temos 147 grávidas inscritas”, assinalou.

O festival Alive tem como patrocínio principal a operadora NOS. Todas as informações sobre o evento e o cartaz estão disponíveis em www.nosalive.com.