Os minhotos entraram para os descontos a perder mas deram a volta aos vila-condenses com dois golos, aos 90+1 e 90+6.

O SC Braga alcançou hoje uma vitória importante na receção ao Rio Ave, na 8.ª jornada da Primeira Liga. Os minhotos entraram para os descontos a perder mas deram a volta aos vila-condenses com dois golos, aos 90+1 e 90+6.

Em Braga, o Rio Ave adiantou-se no marcador logo aos cinco minutos

Os bracarenses deram a volta ao resultado com golos do francês Simon Banza, aos 90+1, e do espanhol Abel Ruiz, aos 90+6.

Com este resultado, o Sporting de Braga soma a quarta vitória consecutiva, três no campeonato e uma na Liga dos Campeões, e sobe ao terceiro lugar, com 16 pontos, os mesmos do FC Porto, que é quarto mas tem menos um jogo, enquanto o Rio Ave somou a terceira derrota consecutiva e é 17.º, com cinco pontos.

Artur Jorge: «Jogadores entregaram-se de uma forma impagável»

Declarações de Artur Jorge, treinador Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo ao Rio Ave (2-1) num jogo em que entrou para os descontos a perder, mas ainda virou o resultado:

«A chave foi a capacidade e eficácia que tivemos nos últimos minutos. Se, durante todo os outros noventa minutos, não tivemos tão eficazes como queríamos e deveríamos, e o jogo seria diferente, aí esteve a diferença. Foi um bom espetáculo, um bom jogo de futebol. Estou muito satisfeito pelo compromisso, vontade e sentido de missão da equipa. Jogadores entregaram-se ao jogo de forma impagável, o que tem um valor imenso».

«Na primeira parte fomos lentos na nossa circulação de bola e objetividade, a jogar para a frente, e tivemos muita gente por fora em espaços mais complicados para agredir o adversário. Isso pode justificar-se pelo facto de sofrermos um golo muito cedo, o que deixou o adversário mais confortável, mais fechado e mais compacto à procura de transições para conseguir mais qualquer coisa. Tivemos de corrigir isso ao intervalo, a velocidade de circulação».

[Roger] «Procurámos, com a entrada do Roger, aquilo que um miúdo de 17 nos traz: energia e irreverência. Pedi para estar aberto ala direita, para ter mais capacidade para colocar a bola na área. Tínhamos lá o Banza, o Abel e na parte final também o José Fonte. Resultou, tivemos essa felicidade de ser o Roger a fazer as duas assistências. A sua energia ajuda a que possa ser opção, uma opção que considero muito válida».

Luís Freire: «É esta atitude que vamos levar para a paragem».


Declarações de Luís Freire, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a derrota frente ao Sp. Braga (2-1) num jogo em que entrou para os descontos a vencer:

«Vínhamos de uma derrota 4-0 em que toda a gente pensava que vínhamos cá perder com margens até maiores. Viemos aqui personalizados, com muita agressividade a não deixar o Braga jogar nos espaços que gosta de jogar. Marcámos numa boa jogada, mas antes tivemos um lance num pontapé de canto. Fomos alternando o nosso jogo com transições e uma postura defensiva mais compacta frente a um Braga que veio moralizado da vitória na Champions. Sabíamos que tinha de ser um Rio Ave diferente, queríamos que estamos cá para a luta para o que der e vier. Foi uma primeira parte competente. Na segunda parte temos a melhor situação de golo, para fazer o segundo, só encostar. Depois, como é lógico, o Braga cresceu, tem um super plantel com gente para acrescentar. Conseguimos sempre resistir, lembro que temos muita gente a jogar pela primeira vez na Liga, com muito esforço, muito sacrifício para honrar o clube. Foi um jogo de intensidade, teve 60 por cento de tempo útil. Deram 13 minutos de compensação hoje, cinco mais oito, num jogo com 60 por cento de tempo útil. Quero ver se no nosso próximo jogo com 60 por cento de tempo útil teremos estes descontos. O Rio Ave não veio aqui passar tempo, tinha jogadores com problemas. Fizemos o 2-0, mas foi anulado, foram buscar 20 segundos atrás. Não estou a dizer se foi bem ou mal anulado, mas foram buscar 20 segundos atrás. No segundo golo sofrido tenho um jogador no chão, num lançamento, o Amine no chão complemente em falência física e siga. Na minha opinião deveriam ter parado o jogo, o Amime está completamente esgotado, ninguém liga e siga. Está feito. Destaco uma grande atitude dos meus jogadores, é esta atitude que vamos levar para a paragem, até conseguir o que queremos».
[Árbitro teve interferência no resultado?] «Primeiro há que destacar os meus jogadores, que foram bravos, gladiaram-se e fizeram um belo jogo. O Rio Ave não veio aqui queimar tempo. O Braga teve mais bola, é verdade, mas podíamos ter levado mais daqui. Na minha opinião não justificava tanto tempo de compensação, tinha um jogador no chão, rasgou, não foi brincadeira, e ninguém parou o jogo».