Gil Vicente e Moreirense empataram a 1-1 no Estádio Cidade de Barcelos, encerrando a 13ª jornada da Liga. Ambos os golos foram marcados através de grandes penalidades, com Pedro Tiba a adiantar o Gil Vicente aos seis minutos e André Luís a igualar para o Moreirense aos 83 minutos.

O empate manteve o Moreirense no sexto lugar do campeonato, somando 22 pontos. No entanto, a equipe perdeu terreno na corrida pela Europa, ficando agora a três pontos do Vitória de Guimarães, que ocupa o quinto lugar. Por outro lado, o Gil Vicente prolongou a sua série sem vitórias para seis jogos e está atualmente na 14ª posição, com 12 pontos.

Vítor Campelos, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após igualdade (1-1) frente ao Moreirense:

«Sabíamos que íamos defrontar uma equipa boa, com grande qualidade e que não sofria golos há alguns jogos. Entrámos bem, acabámos por fazer o golo e por muito que a gente fale que tem de continuar a procurar o segundo golo e matar o jogo, muitas vezes o subconsciente tira-nos o discernimento. Falhámos alguns passes fáceis e algumas saídas, mas ainda assim tivemos algumas oportunidades.

Falamos ao intervalo que tínhamos de ter coragem e a coragem de jogar e procurar marcar, mas há aqui muita coisa que, por muito que fale, fica difícil de explicar. Por exemplo, entrámos na segunda parte agarrados ao resultado e não tivemos a coragem de jogar. Depois de sofrer o empate fomos muito mais agressivos, muito mais aguerridos e até podíamos ter chegado ao golo. São coisas difíceis de explicar, talvez alguma ansiedade ou porque devíamos ter mais pontos por esta altura. Mais uma vez o detalhe e acabámos por sofrer um golo de penálti. Temos de continuar a crescer porque temos uma equipa de miúdos que estão no processo de crescimento e estes detalhes têm custado pontos. É certo que o Moreirense teve mais posse, mas não teve grandes oportunidades de golo.

Rui Borges, treinador do Moreirense, na sala de imprensa, após igualdade (1-1) frente ao Gil Vicente:

«O ponto conquistado é positivo, justo qb. Continuamos a nossa caminhada, num campo difícil, perante um adversário que tem sido forte em casa, mas começamos o jogo praticamente a perder e andamos sempre atrás do prejuízo. Ao longo de todo o jogo fomos melhores, quisemos ter bola, e o Gil agarrou-se um pouco ao resultado.

Tentámos criar, mas estivemos desinspirados no último terço, podíamos ter tomado decisões melhores para conseguir os três pontos, que eram merecidos por tudo o que fizemos. Na primeira parte tivemos sempre bola desde o minuto três e o Gil Vicente sempre à espera do contra-ataque. Na segunda parte na mesma toada, temos dois ou três lances de finalização. Acabamos por chegar ao empate e estes últimos dez minutos foi um jogo meio partido.

Ficamos tristes por sofrermos um golo, não queríamos sofrer, apesar de ter sido de penálti. Temos essas conquistas que vamos tendo ao longo dos jogos. Tenho uma equipa muito competitiva, com uma fome de pontos enorme. Eu só tenho de acompanhar essa ambição e essa coragem. É um ponto na nossa caminhada. Perdemos com Porto, Sporting e Braga, deixa-me feliz e é continuar. Cada vez mais as equipas vão estar motivadas para nos ganhar. Temos o rótulo de uma boa equipa e temos feito por isso.

[O Moreirense não deixou o Gil Vicente construir, era essa a estratégia?] Sim, queríamos ser pressionantes e não deixar ligar, era o principal foco. O Gil Vicente tentou sair num ou outro contra-ataque. Fomos bastante competentes e a minha equipa sabe bem onde ir buscar pequenos detalhes. A nossa semana de treino estava ali, faltou inspiração no último terço. Aquilo que foi estratégia dentro da nossa ideia de jogo, eles estiveram lá».