João Gomes enfrenta pena após tentativa de extorsão relacionada com atividades do clube de futebol.
O Tribunal de Braga condenou hoje João Gomes, antigo diretor geral do SC Braga, a uma pena de três anos e meio de prisão, suspensa na execução, pelo crime de extorsão agravada na forma tentada. A decisão judicial implica também o pagamento de 4.000 euros ao Estado por parte de João Gomes, de 65 anos, como condição para suspender a pena, anunciou a juíza durante a leitura da sentença.
A sentença está relacionada com um processo no qual João Gomes era acusado de tentativa de extorsão à SAD do SC Braga, liderada pelo presidente António Salvador.
O caso remonta a fevereiro de 2018, quando o clube iniciou um processo disciplinar contra o então diretor geral, resultando no seu despedimento algumas semanas depois.
O SC Braga alegou que João Gomes tentou coagir o clube ameaçando divulgar informações falsas, visando extorquir 250 mil euros, um carro Mercedes-Benz, e a autorização para aceder ao fundo de desemprego após a rescisão do contrato de trabalho, o que foi confirmado pelo tribunal.
A defesa de João Gomes, que pode recorrer da sentença, argumentou na primeira sessão do julgamento que a carta entregue por João Gomes a António Salvador, durante uma reunião num hotel da cidade, era de um grupo de sócios anónimos descontentes com a gestão do clube, e não uma tentativa de extorsão, como foi considerado pelo tribunal.