A cabeça de lista do ADN ao Parlamento Europeu, Joana Amaral Dias, esteve ontem à tarde em Braga numa ação de contacto direto com os eleitores. A candidata destacou a necessidade de “resgatar uma parte significativa da nossa soberania.

“A Europa tem-se constituído cada vez mais como federalista, e não como intergovernamental. O ADN rejeita completamente uma Europa que não respeita a independência, a autonomia e a soberania dos povos”, afirmou Joana Amaral Dias. Acompanhada pelo presidente do ADN, Bruno Fialho, pelo número três da lista, Gonçalo de Melo Bandeira, e por vários militantes e simpatizantes, a candidata criticou a aplicação automática das diretivas europeias nos Estados Membros. “É inadmissível que muitas decisões sejam tomadas no Conselho Europeu, uma entidade não eleita, e depois impostas aos países. Muitas vezes, o que falha na Assembleia da República é aprovado no Conselho Europeu e depois aplicado sem consideração pela vontade dos povos”, disse.

Joana Amaral Dias sublinhou que esta situação deixa os cidadãos “encurralados”, pois as diretivas europeias são impostas “custe o que custar, mesmo que nós as rejeitemos”. Junto dos bracarenses, apelou para a recuperação da soberania nacional, defendendo o direito à identidade, cultura, costumes e, sobretudo, às escolhas próprias de cada país. “Os portugueses escolhem pela paz, pelo povo, pela liberdade e pela justiça”, afirmou.

A candidata garantiu que, neste início de campanha, vai percorrer o país de norte a sul para denunciar os múltiplos problemas que, segundo ela, são reflexo de escolhas europeias. “Uma Europa que não é democrática e que não permite a cada um dos povos dos Estados Membros fazer as suas escolhas não pode prevalecer na justiça”, concluiu.

Esta ação em Braga marca o arranque de uma série de iniciativas do ADN para sensibilizar os eleitores sobre a importância da soberania nacional nas decisões europeias.