Com uma vitória por 3-1, os bracarenses superam um Moreirense combativo e isolam-se na quarta posição da tabela classificativa, em jogo marcado por uma segunda parte intensa.

O SC Braga triunfou frente ao Moreirense por 3-1, em partida a contar para a terceira jornada da I Liga, realizada no Estádio Municipal de Braga. Com este resultado, os minhotos subiram ao quarto lugar da classificação, enquanto os ‘cónegos’ caíram para a sétima posição.

Numa primeira parte onde o SC Braga demonstrou superioridade, Gabri Martínez inaugurou o marcador aos 43 minutos, com um remate certeiro de fora da área. No entanto, o Moreirense entrou determinado no segundo tempo e conseguiu restabelecer a igualdade aos 53 minutos, através de Luís Asué, que marcou na recarga a uma defesa de Matheus.

A resposta dos bracarenses foi rápida, e apenas três minutos depois, Zalazar voltou a colocar a equipa da casa na frente, beneficiando de um desvio infeliz de Maracás, que traiu o seu guarda-redes. O ritmo do jogo manteve-se elevado, com o Moreirense a desperdiçar uma oportunidade clara de empatar novamente, quando Marcelo e Luís Asué acertaram no poste e falharam a recarga.

Carlos Carvalhal, que assumiu recentemente o comando técnico do SC Braga, mexeu na equipa para segurar a vantagem e assegurar o resultado. O técnico não só manteve o domínio do jogo como viu Zalazar bisar, aos 76 minutos, selando o marcador em 3-1, após uma excelente jogada de Gabri Martínez.

Este triunfo reforça a boa fase dos bracarenses sob a orientação de Carvalhal, que somaram quatro vitórias consecutivas desde a sua chegada. A equipa de Braga já olha para o próximo desafio, a segunda mão do play-off da Liga Europa frente ao Rapid Viena, enquanto o Moreirense tenta reerguer-se na I Liga.

O SC Braga demonstrou nesta partida a sua capacidade de reação e adaptação, confirmando as expectativas de uma época competitiva e ambiciosa. Já o Moreirense, apesar da derrota, mostrou que é um adversário combativo e continuará a ser um concorrente de respeito na liga.

Declarações do treinador do Sp. Braga, Carlos Carvalhal, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a vitória por 3-1 ante o Moreirense, em jogo da 3.ª jornada da Liga:

Na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, Carlos Carvalhal mostrou-se satisfeito com a vitória do SC Braga por 3-1 frente ao Moreirense, que permitiu à sua equipa subir ao quarto lugar da I Liga. O técnico destacou a atitude irrepreensível dos jogadores e o equilíbrio entre a experiência de veteranos como Matheus e Ricardo Horta e a ambição dos mais jovens.

“Estou satisfeito com a equipa, a atitude foi extraordinária. Conseguimos jogar os 90 minutos sob pressão contra um adversário difícil e organizado, especialmente depois do esforço de quinta-feira. A combinação de jogadores experientes, como Matheus e Ricardo Horta, com jovens que querem subir no futebol e mostrar-se ao mundo, resulta numa equipa muito competitiva,” afirmou Carvalhal.

Apesar das quatro vitórias em quatro jogos desde que assumiu o comando, o treinador sublinhou que ainda há muito trabalho pela frente. “As vitórias podem ser o primeiro passo para se perder, se pensarmos que está tudo bem. Temos de focar-nos no processo, não apenas no resultado. Estamos a evoluir, mas há muito a fazer. O foco agora está no jogo de quinta-feira, e não há lugar para relaxamento.”

Carvalhal também aproveitou para elogiar a atuação de Gabri Martínez, destacando o desempenho do jogador contra um adversário difícil como Fabiano. “O Gabri jogou muito bem. Fabiano é fortíssimo no um para um defensivo e raramente é batido. Gabri foi talvez o adversário que mais dificuldades criou ao Fabiano, e isso é o maior elogio que lhe posso fazer.”

O SC Braga prepara-se agora para o próximo desafio, a segunda mão do play-off da Liga Europa frente ao Rapid Viena, com a confiança reforçada por mais uma vitória no campeonato.

Declarações do treinador do Moreirense, César Peixoto, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a derrota por 3-1 ante o Sp. Braga, em jogo da 3.ª jornada da Liga:

[Jogo:] «Sabíamos que o Braga ia entrar forte, a jogar em casa, nos primeiros 15/20 minutos seria importante não sofrer. Tivemos alguma dificuldade na primeira fase de pressão. O Braga, com mérito, conseguiu desbloquear por fora e conseguiu controlar muito o jogo na primeira parte. Faltou-nos, quando ganhávamos bola, ter um pouco mais de paciência com bola, para depois chegarmos com a equipa toda junta. Partimos muito o jogo. Sempre que ganhávamos, perdíamos no primeiro e no segundo passe, faltou-nos um bocadinho de paciência. Queríamos muito chegar ao intervalo (e quase conseguimos) com o 0-0 para corrigir uma coisa ou outra e conversar, estabilizar a equipa para depois abordar a segunda parte. Acabámos por sofrer um golo nos minutos finais, num erro nosso também, mas que acontece, só erra quem lá está.»

«Ao intervalo, corrigimos algumas coisas, pedi à equipa mais capacidade para ter bola e acho que na segunda parte entrámos bem, fazemos o 1-1 e o Braga acaba por ser feliz na forma como faz o segundo golo, dá-lhes a confiança necessária para gerirem o jogo. Nós fomos criando sempre algumas situações e apesar de o Braga ter mais bola, nós tivemos as situações mais perigosas. Depois, o Braga faz o 3-1 e mata o jogo. Numa segunda parte em que reagimos bem, o Braga foi feliz. Foi feliz nos timings em que fez os golos. Não retirando o mérito à vitória do Braga, acho que as maiores e mais claras situações de golo foram nossas. O Braga teve com mais bola, mas nós fomos sempre criando.»

[Sidnei Tavares na vez de Alanzinho, depois de Benny ter sido a opção com o Arouca:] «A decisão prendeu-se até pela primeira fase de pressão. Sabíamos que o Braga construía a três, puxando o Marín. Teríamos de ser agressivos no momento de saltar na pressão. Com o Sidnei e o Asué, dois jogadores agressivos e com passada larga, poderíamos surpreender e eles acabaram por recuperar algumas bolas, para depois dispararmos. O Sidnei, sendo médio, tinha melhor entendimento para fechar dentro, embora não o fizesse tão bem como eu estava à espera. E foi esta a opção. O Benny é um jogador mais ofensivo, mais vagabundo, ofensivo, o Sidnei mais inteligente taticamente, para com e sem bola estarmos mais coesos por dentro, para obrigar o Braga a jogar por fora. Foi essa a intenção, o que não surtiu efeito na primeira parte, a equipa teve pouca paciência para ter bola. Na segunda parte, corrigimos algumas situações e a equipa tornou-se mais capaz e paciente com bola e criámos mais duas ou três situações em que podíamos ter feito.»

[Fecho do mercado e o plantel:] «Nós estamos felizes com o plantel que temos, queremos que feche rápido o mercado, para que não saia ninguém. Temos várias opções. Confiamos em todos. Falta-nos um lateral-esquerdo, temos o Frimpong, espero que chegue alguém. O resto, quero que não saia. Agradecer aos adeptos, que vieram cá em número e é pena não termos dado outro resultado, mas a equipa trabalhou, os jogadores estão de parabéns pelo trabalho.»