Conselho Geral debate desafios do ensino superior, incluindo ajustes à oferta formativa e impacto das condições financeiras dos estudantes

O número de estudantes inscritos em mestrados e doutoramentos na Universidade do Minho (UMinho) tem vindo a diminuir, conforme discutido na mais recente reunião do Conselho Geral da instituição. Apesar de as candidaturas continuarem a superar o número de vagas disponíveis, o declínio de inscritos é um fator de preocupação, especialmente em áreas como as Ciências Sociais, onde o impacto da pandemia agravou esta tendência.

Luís Santos, conselheiro do Conselho Geral, destacou que o decréscimo de inscrições, embora ainda não tenha levado à não ocupação das vagas, pode estar associado a “condicionantes financeiras na vida dos estudantes”, refletindo o impacto da crise económica sobre os potenciais candidatos aos cursos de mestrado.

Tiago Miranda, outro conselheiro, apontou para a necessidade urgente de ajustar a oferta formativa da UMinho às transformações que a economia e a sociedade portuguesa estão a enfrentar. “É necessário repensar se as universidades estão a preparar profissionais adequados às novas exigências do mercado, como a emergente fileira do lítio e a produção de baterias”, referiu, destacando a importância de adaptar a formação universitária às necessidades dos setores emergentes.

Vítor Soares, também presente na reunião, apelou à reitoria para isentar do pagamento de propinas os funcionários Técnicos, Administrativos e de Gestão que desejem completar a sua formação na UMinho, salientando que tal medida seria “um sinal positivo” e uma mais-valia tanto para os trabalhadores quanto para a universidade.

Em resposta a esta proposta, o reitor Rui Vieira de Castro indicou que uma decisão sobre o tema está em preparação e que clarificará a situação atual, resultante da suspensão de uma deliberação anterior do Conselho de Gestão em 2023.

Quanto ao declínio de candidaturas, Rui Vieira de Castro confirmou que o número de inscritos em licenciaturas e mestrados integrados também foi inferior ao do ano anterior, e sugeriu que este fenómeno pode estar relacionado com as alterações demográficas em Portugal. Apesar disso, o reitor garantiu que, por enquanto, não há motivo para alarme.

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