A taxa a três meses desce para 3,052%, enquanto as taxas a seis e doze meses sobem para 2,905% e 2,580%, respetivamente, refletindo a dinâmica do mercado interbancário.

A taxa Euribor a três meses caiu hoje para 3,052%, estabelecendo um novo mínimo desde março de 2023. Apesar desta descida, a taxa permanece acima dos 3%. Em contrapartida, as taxas a seis meses e a doze meses registaram aumentos, fixando-se em 2,905% e 2,580%, respetivamente.

A Euribor a seis meses, a taxa mais utilizada em Portugal para créditos à habitação com taxa variável desde janeiro, esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, mas hoje avançou 0,011 pontos, passando a ser cotada a 2,905%. Dados recentes do Banco de Portugal (BdP), referentes ao mês de agosto, revelam que esta taxa representava 37,6% do total dos empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. As Euribor a doze e a três meses representavam, respetivamente, 33,2% e 25,8% desse montante.

Por sua vez, a Euribor a doze meses, que ultrapassou os 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também subiu hoje, registando um aumento de 0,015 pontos. A média da Euribor em setembro mostrou uma descida em todos os prazos, embora menos acentuada do que em agosto, com uma média de 3,434% a três meses (face aos 3,548% em agosto), 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 2,936% a doze meses (comparado com 3,166%).

No contexto das recentes políticas monetárias, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou, no passado dia 17 de outubro, uma redução das taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, atualmente fixadas em 3,25%. Esta decisão reflete uma inflação considerada “no bom caminho” e uma atividade económica abaixo das previsões. O BCE tem agendada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária do ano. Em paralelo, a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) cortou os juros em 50 pontos base em 18 de setembro, marcando a primeira descida desde 2020.

As taxas Euribor são calculadas com base nas médias das taxas a que um conjunto de 19 bancos da zona euro estão dispostos a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário, sendo um importante indicador para as taxas de juros aplicadas aos empréstimos e financiamentos.