O SC Braga garantiu hoje a qualificação para a ‘final four’ da Taça da Liga, vencendo o Vitória SC por 2-1 num duelo intenso e marcado pela reviravolta no marcador. O Vitória SC inaugurou o placar aos 10 minutos com um golo de Nuno Santos, mas Niakaté (22’) e Bruma (75’, de penálti) conseguiram virar o resultado para os bracarenses, que assim seguem para a fase final da competição, agendada para janeiro de 2025, em Leiria.
O jogo começou com o Braga em alta pressão, criando a primeira ameaça ao gol adversário aos cinco minutos. No entanto, o Vitória SC foi mais eficaz e marcou na sua primeira investida: Tiago Silva assistiu João Miguel Mendes, que serviu Nuno Santos para um remate perfeito em arco, abrindo o marcador. A equipa de Braga reagiu e, após um canto, Niakaté aproveitou um desvio de Roberto Fernández para empatar o jogo.
Durante a segunda parte, Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga, fez várias substituições que influenciaram a dinâmica ofensiva da equipa, incluindo as entradas de Zalazar e El Ouazzani. O momento de viragem surgiu aos 65 minutos, quando o árbitro, após consulta do VAR, assinalou grande penalidade a favor do SC Braga devido a uma infração de Borevkovic, que recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Bruma, chamado a converter, marcou na repetição da cobrança.
O Vitória SC, reduzido a 10 jogadores, teve dificuldade em reagir, permitindo que o SC Braga controlasse os minutos finais e criasse ainda mais perigo.
Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo (2-1) sobre o Vitória de Guimarães, que coloca os guerreiros na final four da Taça da Liga:
«O primeiro objetivo quando chegámos era manter-nos nas competições europeias, na Liga Europa, foi conseguido. Tínhamos o objetivo de chegar à final four da Taça da Liga e conseguimos. Jogo contra uma equipa boa, entrámos muito bem no jogo, a primeira vez que o adversário vai à baliza faz o golo. A primeira parte foi dividida, mas a segunda parte não. Tivemos mais oportunidades, flagrantíssimas, para dilatar o marcador, e conseguimos o nosso objetivo. Estaremos lá na final four».
[Mudanças surtiram o efeito desejado?] «Quisemos dar mais poder com o Amine [El Azzouani] na frente, e com o Zalzar quisemos também um centrocampista com mais chegada à frente. Vimos que necessitaríamos de três médios e dar velocidade do lado direito com o Gabri. No fundo ganhamos mais consistência para chegar ao golo».
[Importância desta vitória] «Nós sabemos o que sentimos e o que passámos depois do jogo que não foi bem conseguido para o campeonato, houve uma ressaca difícil. Sofremos com isso, ganhar é o contrário, dá mais alento, frente a um rival muito bem organizado. Dá moral à equipa, com os pés no chão, a minha vida é tudo menos fácil, temos um trabalho muito duro pela frente, estamos consolidados, mas há muito caminho pela frente. À mínima distração podemos espalhar-nos e não queremos».
[Niakaté] «Teve um deslize [expulsão com o Boro / Glimt], sem dúvida, mas o comportamento antes e depois do deslize tem sido muito bom. Por isso é que lhe foi dada uma segunda oportunidade, porque na minha opinião, merecia. Se fossemos a crucificar já tínhamos dois centrais a menos. O desafio dele é a concentração e o foco, estando assim é um central de muito bom nível».
António Miguel Cardoso criticou a arbitragem de Fábio Veríssimo na pedreira, e também as prestações das arbitragens nos últimos jogos do conjunto vimaranense.
“O penálti que foi marcado contra o Vitória é uma vergonha, consideramos um roubo. Estamos indignados, o que se passou não é bom para o futebol português. Jogo após jogo temos assistido a arbitragens que têm prejudicado o Vitória: a semana passada no último minuto de jogo não nos foi assinalado um penálti que toda a gente viu. A Liga tinha definido um modelo apenas a quatro, batemo-nos contra isso, mas o que vemos é que a Liga encaminha as coisas sempre no mesmo sentido e não podemos, de forma alguma, conformar», disse.
«Não nos vamos vergar, este é o nosso ADN. Não nos deixaram chegar à final four, consideramos isto um roubo, não nos estão a deixar crescer. O penálti é absolutamente escandaloso», acrescentou.
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio Municipal de Braga, em Braga.
SC Braga – Vitória SC, 2-1.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores
0-1, Nuno Santos, 10 minutos.
1-1, Niakaté, 22.
2-1, Bruma, 75 (grande penalidade).
Equipas
– SC Braga: Matheus, João Ferreira (Victor Gómez, 88), Paulo Oliveira, Niakaté, Yuri Ribeiro, Vítor Carvalho (Zalazar, 46), João Moutinho, Ricardo Horta (André Horta, 59), Bruma, Roger (Gabri Martínez, 59) e Roberto Fernández (El Ouazzani, 46).
(Suplentes: Hornicek, Adrián Marín, Victor Gómez, Gorby, André Horta, Zalazar, Gharbi, Gabri Martínez e El Ouazzani).
Treinador: Carlos Carvalhal.
– Vitória SC: Charles, Alberto Baio, Mikel Villanueva, Borevkovic, João Miguel Mendes, Tomás Händel (Manu Silva, 76), Tiago Silva, João Mendes (Samu, 66), Kaio César (Tomás Ribeiro, 76), Nuno Santos (José Bica, 82) e Nélson Oliveira (Jesus Ramírez, 82).
(Suplentes: Bruno Varela, Bruno Gaspar, Tomás Ribeiro, Manu Silva, Telmo Arcanjo, Samu, Zé Carlos, José Bica e Jesus Ramirez).
Treinador: Rui Borges.
Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Tomás Händel (13), Charles (18), João Ferreira (41), Borevkovic (45 e 70), Zalazar (52), Mikel Villanueva (63) e Alberto Baio (77). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Borevkovic (70).
Assistência: 9.663 espetadores.