Diferenças nas faturas da água podem ultrapassar 700 euros anuais

Disparidades nos custos entre municípios levam a apelos por maior uniformidade

O custo da água em Portugal varia significativamente entre municípios, e a diferença no valor pago por consumidores com o mesmo consumo pode ultrapassar os 700 euros anuais, segundo cálculos recentes da DECO – Associação para a Defesa do Consumidor. Esta discrepância deve-se não apenas aos custos da água em si, mas também aos valores cobrados pelos serviços de saneamento e gestão de resíduos.

Vila Nova de Foz Côa vs. Fundão e Amarante: extremos na tabela

De acordo com o estudo, Vila Nova de Foz Côa é o município onde os consumidores pagam menos pela água. No entanto, no outro extremo, Fundão e Amarante apresentam as tarifas mais elevadas. Estas disparidades acentuadas afetam diretamente o orçamento das famílias, com alguns agregados a pagarem centenas de euros a mais por ano do que outros.

Por exemplo, uma família com um consumo médio mensal pode pagar uma fatura substancialmente mais baixa em Vila Nova de Foz Côa do que nos municípios com os preços mais elevados, agravando as desigualdades entre regiões.

DECO exige medidas de uniformização

Face a esta realidade, a DECO apela à uniformização dos custos associados à água, saneamento e resíduos em todo o território nacional. A associação considera estas diferenças injustas para os consumidores, especialmente considerando que serviços essenciais como a água deveriam ser acessíveis a todos em condições similares.

“É urgente que se tomem medidas para reduzir estas desigualdades e garantir que todos os cidadãos paguem um valor justo, independentemente do local onde residem”, destaca a DECO, sublinhando que a água é um recurso básico cuja acessibilidade deve ser prioritária.

Impacto no orçamento familiar

Com o aumento do custo de vida, estas diferenças tornam-se ainda mais relevantes. Para muitas famílias, a água representa uma parcela significativa das despesas mensais, e a disparidade entre municípios pode significar uma pressão adicional nos rendimentos das famílias residentes em zonas com tarifas mais elevadas.

A DECO reforça a importância de uma política nacional que promova uma maior equidade nos custos, sem descurar os investimentos necessários para manter a qualidade e sustentabilidade dos serviços de abastecimento e saneamento.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here