Investimento de 3,8 milhões no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG)

Projetos visam proteção, valorização e investigação científica no parque natural

A Ministra do Ambiente e da Ação Climática, Maria da Graça Carvalho, anunciou um investimento de 3,8 milhões de euros através do Fundo Ambiental, destinado a oito projetos para preservar e valorizar o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Este parque, que se estende por 69.693 hectares e abrange cinco municípios (Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre), é um dos maiores símbolos da biodiversidade em Portugal.


Objetivos do investimento

Os projetos abrangem um conjunto integrado de ações para reforçar a segurança dos visitantes, recuperar património natural e cultural, e aprofundar a investigação científica na região.

Entre os objetivos, destacam-se:

  • Reforço da segurança: Instalação de proteções físicas, especialmente em zonas de risco, como precipícios, para evitar acidentes.
  • Recuperação de caminhos e casas florestais: Ações para melhorar a acessibilidade e preservar infraestruturas históricas do parque.
  • Criação da Branda Científica de São Bento do Cando: Transformação de seis edifícios antigos num centro de investigação científica, com alojamentos, laboratórios, auditório e residências artísticas.

A Branda Científica e o projeto Biopolis

A Branda Científica de São Bento do Cando, desenvolvida em parceria com o projeto Biopolis, será um dos pilares do investimento. Este projeto europeu, coordenado pelo CIBIO (Universidade do Porto), em parceria com a Universidade de Montpellier e a Porto Business School, irá promover investigação em biodiversidade e ecossistemas, contribuindo para a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés, reconhecida pela UNESCO em 2009.

Maria da Graça Carvalho sublinhou que esta iniciativa permitirá tirar partido da biodiversidade do parque para gerar conhecimento e formar estudantes de doutoramento e pós-doutoramento.


Visão estratégica e apelo a mais apoios

Durante a cerimónia de assinatura dos protocolos de financiamento, o presidente da comissão de cogestão do PNPG, João Manuel Esteves, destacou a relevância da Branda Científica para o desenvolvimento do parque e apelou a um maior apoio governamental e à simplificação do licenciamento urbanístico na região.

A ministra garantiu que está em preparação um plano 2025/2028, com uma abordagem mais integrada, envolvendo financiamento adicional para restauro da natureza e gestão de baldios.


Impacto até 2028

O investimento anunciado será aplicado ao longo de três anos, trazendo benefícios tanto para a preservação ambiental como para a promoção do turismo sustentável e da investigação científica, garantindo que o PNPG continue a ser uma referência nacional e internacional em biodiversidade e interação sustentável entre o homem e a natureza.