O falecimento de Miguel Macedo, antigo ministro e destacado dirigente do Partido Social Democrata (PSD), aos 65 anos, gerou ondas de consternação e homenagens vindas de diversos quadrantes políticos e institucionais. Natural e residente em Braga, Miguel Macedo deixa um legado marcante na vida política portuguesa.
“Resiliência e afabilidade raras” — Presidente da República
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou o seu pesar, destacando a “resistência e afabilidade raras” de Miguel Macedo, bem como a sua “preocupação permanente com a realidade nacional e internacional”.
“Enfrentou situações adversas com coragem e dignidade”, referiu, apresentando condolências à família, salientando ainda uma “antiga amizade”.
“Morreu um homem bom” — Primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro
Visivelmente emocionado, o primeiro-ministro Luís Montenegro lamentou a perda de “um homem bom, sério, determinado e amigo”.
“Partiu alguém que dedicou a sua vida à causa pública e ao serviço do país. Hoje é um dia de profunda tristeza e consternação.”
“Profundo pesar” — Partido Social Democrata (PSD)
O PSD, em comunicado oficial, manifestou “profundo pesar”, recordando Miguel Macedo como “um homem bom, lúcido, sério, competente e sereno”.
“Portugal perdeu um dos seus melhores”, acrescentou Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga.
Marques Mendes “em choque”
Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD e candidato presidencial, confessou estar “em choque” com a morte de Miguel Macedo, que considerava um dos seus “maiores amigos”.
“Era um político competente, um homem de caráter, e uma pessoa fantástica no plano pessoal.”
Câmara Municipal de Braga: “Profundo pesar”
A Câmara Municipal de Braga expressou o seu “mais profundo pesar” pela morte de Miguel Macedo, destacando o seu “firme compromisso com a cidade” e o seu percurso ao serviço da comunidade.
“Uma perda significativa para Braga e para o país.”
PS/Braga: “Grande choque e consternação”
Também o PS de Braga manifestou “grande choque e consternação”, sublinhando o respeito mútuo e a “forma humanista” com que Macedo sempre pautou a sua vida pública.
“Apesar das divergências políticas, uniram-nos valores e o sentido de serviço público.”
Ministério da Administração Interna: “Marca incontornável”
O Ministério da Administração Interna lamentou a morte de quem descreveu como uma “figura incontornável da vida política nacional”, destacando o seu “inegável sentido de responsabilidade e dedicação ao serviço público”.
Rui Rio: “Homem íntegro e bom amigo”
O ex-líder do PSD, Rui Rio, manifestou o seu “profundo desgosto”, afirmando que Miguel Macedo foi “um homem íntegro e um bom amigo”, cuja perda representa uma “grande tristeza pessoal e coletiva”.
António Vitorino: “Grande cooperação e cordialidade”
O socialista António Vitorino, visivelmente abalado, destacou a “relação de grande cooperação” que sempre manteve com Miguel Macedo, sublinhando o “choque” pela inesperada notícia.
“Sempre tivemos uma enorme cordialidade e cooperação. Uma tristíssima perda.”
➤ Percurso político e vida pública
Miguel Macedo foi ministro da Administração Interna entre 2011 e 2014, tendo anteriormente exercido funções como secretário de Estado da Juventude (1990-1991) e secretário de Estado da Justiça (2002-2005).
No PSD, destacou-se como secretário-geral (2005-2007) e líder parlamentar (2010-2011). Foi também deputado eleito pelo círculo de Braga em diversas legislaturas, mantendo sempre uma forte ligação à sua cidade.
Demitiu-se do cargo de ministro em 2014, na sequência do processo dos “vistos gold”, do qual viria a ser plenamente absolvido.
Mais recentemente, era advogado e comentador político na CNN Portugal.