Equipas com permanência assegurada dividem pontos na penúltima jornada da I Liga

Gil Vicente e Arouca empataram este sábado a uma bola, em Barcelos, num encontro tranquilo da 33.ª jornada da I Liga, entre duas equipas já com a permanência garantida na competição.

Sem grandes pressões classificativas, os arouquenses foram os primeiros a marcar, aos 56 minutos, com Miguel Puche a finalizar com eficácia. A resposta dos gilistas foi quase imediata: aos 58 minutos, Santi García restabeleceu a igualdade, assinando o 1-1 final.

Com este resultado, o Arouca soma agora 35 pontos e ocupa a 12.ª posição da tabela, enquanto o Gil Vicente segue em 14.º lugar, com 33 pontos.

Foi um jogo disputado com ritmo moderado e sem grandes ocasiões na reta final, refletindo a tranquilidade das duas formações nesta fase derradeira da temporada.

César Peixoto, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após igualdade (1-1) frente ao Arouca:

«Eu acho que se notou desde o primeiro minuto que a equipa foi atrás dos três pontos e fez um grande jogo contra uma equipa bem organizada. Hoje fomos claramente superiores nos 90 minutos, criámos muitas oportunidades, e o Arouca das poucas vezes que lá foi marcou.

Depois do golo, voltámos a pegar no jogo, voltámos a ser agressivos sem bola, mas faltou sermos mais eficazes. Fica uma grande exibição da equipa, um grande trabalho dos jogadores que foram sérios e profissionais. Queríamos brindar os adeptos com os três pontos, não conseguimos, mas brindámos com uma boa exibição.

[melhor exibição da era César Peixoto?] É natural que, depois de conseguir a manutenção, a confiança aumente. Este é o tipo de jogo que quero, um jogo de posse, como fizemos hoje. Não foi só com bola que estivemos bem, também estivemos bem sem ela. Toda a gente a divertir-se lá dentro, mas sempre competitivos e ir à procura do golo. Este é o Gil Vicente que queremos e o importante hoje é que a equipa soltou-se, pena não termos conseguido os três pontos.

[má reentrada quase comprometia] Não somos o Real Madrid ou o Barcelona para dominar os jogos a 90 minutos, mas foi quase. Entrámos mais passivos e o Arouca mais agressivo. Não jogámos sozinhos, por isso é mérito do Arouca da forma como entrou na segunda parte.

[o que espera do último jogo?9 Queremos olhar jogo a jogo e dar seguimento ao jogo de hoje. Hoje sinto que os jogadores se divertiram dentro do campo. Independentemente de quem jogar, vamos conseguir ter uma equipa competitiva e lutar pelos três pontos».

Vasco Seabra, treinador do Arouca, na sala de imprensa, após igualdade (1-1) frente ao Gil Vicente:

«Eu espero sempre mais dos meus jogadores, mas estou satisfeito do compromisso deles. Eram muitas condicionantes, tivemos de fazer algumas adaptações e isso retira rotinas à equipa. Na primeira parte não estávamos tão agressivos e isso permitiu que o Gil estivesse mais à vontade com bola. Nós estávamos com alguma dificuldade em ligar jogo.

Na segunda parte entrámos muito bem. Entrámos muito agressivos, pressionantes, a roubar bolas à frente, com mais capacidade para descobrir espaços e depois concluir na baliza. Até aos 70 estivemos melhores, mas nos últimos minutos caímos em termos físicos. Acabámos por nem sempre ter os timigs indicados. Mais um ponto somado, nos últimos cinco só perdemos um. Queríamos chegar aos 40 pontos e agora vamos dar tudo para chegar aos 38.

[mudança ao intervalo] A equipa melhorou e às vezes olhámos para o jogador que sai, mas não foi isso, foi uma questão física porque ele esteve doente. Na primeira parte, estávamos organizados, com bola a ir ao sítio que queríamos, mas não estávamos a colocar a energia nas coisas. O que procurámos fazer na segunda parte foi sermos mais agressivos e chegar mais à frente sem medo. Fomos mais corajosos e mais bravos.

[exibição de João Valido] O João conquistou a titularidade pela forma como treina. O João é um guarda-redes muito corajoso, ouve tudo que lhe dizem. Teve dois jogos a titular porque naquele momento senti que o Nico deveria continuar em jogo. Agora não foi por termos conquistado a manutenção, foi por mérito. Temos três guarda-redes muito jovens e com muito potencial.

[o que espera na última jornada?] Temos muita gente a continuar, nós também. Esta energia interna que temos criado é para continuar. A equipa hoje competiu muito, não se refugiou em desculpas, e vamos para o último jogo cheio de ganas para ganhar. Acho que é merecido porque é um prémio final para terminarmos com 38 pontos».